Estudo 20 - Juízo Final - A Parábola das dez virgens: Os prudentes e os néscios* - Vídeo, áudio e texto - Manoel Coelho Jr.
“Então, o reino dos céus será semelhante a
dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo.
Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. As néscias, ao tomarem as
suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; no entanto, as prudentes, além das
lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram todas tomadas
de sono e adormeceram. Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí
ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as
suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite,
porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. Mas as prudentes responderam: Não,
para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e
comprai-o. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam
apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde,
chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas
ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Vigiai, pois, porque
não sabeis o dia nem a hora.” Mt 25:1-13.
I – INTRODUÇÃO:
Nesta parábola Nosso Senhor continua
aplicando o seu Sermão Profético. E seguindo as aplicações anteriores o que
está em vista aqui é se estamos ou não acordados espiritualmente. No entanto a
ênfase cai sobre a questão da genuinidade de nosso cristianismo. Em resumo o Senhor
nos ensina neste trecho que o que vigia é um genuíno cristão sendo assim um
prudente.
II – CASAMENTO JUDEU.
Para entendermos está parábola
precisamos conhecer o casamento judeu. Tasker em seu comentário assim nos
explica:
“No
tempo de Jesus, normalmente havia três estágios no processo matrimonial.
Primeiro vinha o compromisso quando era feito um contrato formal entre os
respectivos pais da noiva e do noivo. A este seguia-se o noivado, cerimônia
feita na casa dos pais da noiva quando
promessas mútuas eram feitas pelas partes contratantes diante de testemunhas, e
o noivo dava presentes a sua prometida...Finalmente, depois do transcurso de
cerca de um ano havia o casamento, quando o noivo acompanhado de seus amigos,
ia buscar a noiva na casa de seu pai e a levava em cortejo de volta para sua
casa, onde se fazia a festa de casamento. É bem provável que seja este o
cortejo que dez jovens da história são representadas como indo encontrar, quer
como damas de honra oficiais da noiva, quer como criada do noivo, quer como filhas
de amigos e vizinhos – não temos meios de sabê-lo.” – R. V. G. Tasker, em “Mateus:
introdução e comentário”, página 184.
Creio que se entendemos bem a
explicação de Tasker podemos visualizar a parábola em seu contexto cultural
estando assim em condições de prosseguir.
III – ÓLEO DE RESERVA (Mt 25:2-4).
Levar óleo de reserva faz toda a
diferença, pois mostra preparação para qualquer situação. Significa que se está
sendo prudente, inteligente, sábio, precavido. Por isso Nosso Senhor chama as
virgens que assim fizeram de prudentes. Elas estavam cuidando de si próprias e
não se permitindo ter algum prejuízo no futuro. Daí que podemos ver que o ponto
sobre o óleo reserva leva-nos a questão de se estar sempre preparado. Este é o
destaque, isto é, precisamos estar prontos para a volta de Nosso Senhor que é o
Noivo. Por isso que no final da parábola o Senhor exorta a que vigiemos. Quem
age dessa forma é prudente, ou seja, cuida de si. Já o que não tem óleo reserva
é o despreparado e consequentemente néscio, pois trabalha para seu próprio mal.
E devemos acrescentar que Cristo está se referindo àqueles que professam a fé
cristã, pois a totalidade das virgens está à espera do noivo. Todavia esta
totalidade se divide em prudentes e néscias. Dessa forma temos que entre os que
professam a Cristo existem os preparados e os despreparados, os genuínos
cristãos e os hipócritas. À luz disso esta parábola nos chama a avaliação de
nosso cristianismo. A questão é: Ele é real ou hipócrita?
Pelo o que já estudamos proponho as
seguintes perguntas para tal avaliação:
A – Estamos acordados ou dormindo espiritualmente?
B – Vivemos para Cristo dando valor a sua Palavra ou somos relaxados,
desprezando seus ensinos?
C – Vivemos fazendo as coisas do dia a dia como se não fossemos morrer ou
como se Cristo não fosse voltar, ou fazemos tudo para a glória de Deus?
D – Estamos distraídos com as coisas deste mundo ou fazemos tudo com os
olhos no Reino Eterno de Cristo?
E – Temos fé em Cristo, amor a Deus e ao próximo, e esperança nas
promessas das Escrituras, o que se manifesta na prática, ou nossas obras
mostram que somos incrédulos, desesperançosos e não amamos a Deus e ao próximo?
As respostas a estas questões
mostrarão se temos ou não óleo de reserva. Peço que pense em cada uma delas com
calma, orando para que Deus lhe ilumine.
IV – O NOIVO DEMORA (Mt 25: 5).
A demora do noivo nos mostra a
imprevisibilidade do tempo em que Cristo vai voltar. Ora, é exatamente porque
não sabemos o tempo que precisamos estar sempre preparados. As noivas prudentes
tem óleo suficiente, mas as imprudentes a lâmpada se apaga. O alerta então é
que devemos constantemente estar supridos com o que é necessário, vivendo
sempre para a Eternidade, esperando sempre Nosso Senhor. Aqueles que se
desleixam, dizendo que Cristo demora, serão encontrados com as lâmpadas
apagadas, pois na verdade vivem não para Cristo, mas para o pecado. Não sabemos
quando Cristo voltará e tão pouco sabemos do tempo de nossa própria morte.
Aqueles que são cristãos verdadeiros sempre estão prontos para partir. Eles têm
o cajado na mão, estão calçados, e seus cintos estão apertados (Ex 12:11,12).
Estão prontos para deixar este mundo, pois aqui são apenas peregrinos. Eles
fazem parte das virgens prudente e suas lâmpadas sempre estão acessas. Já o
crente falso está construindo sua vida sobre este mundo e acha que pode descansar,
pois Cristo demora e a morte deve estar ainda muito, muito longe. Ele pensa
assim porque ama este mundo e não o Reino de Cristo. Ele faz parte das virgens
néscias e sua lâmpada se apaga. Qual o seu caso?
V – APARECE A DIFERÊNÇA (Mt 25:
6-10).
Até aqui não havia diferença aparente
entre as virgens. Todas esperavam o noivo, e todas adormecerem. Mas de repente
a meia-noite se anuncia a chegado do noivo. As prudentes podiam apresentar suas
lâmpadas acesas, pois possuíam óleo reserva.
Já as néscias tinham as lâmpadas se apagando. Finalmente a vida conforme
vivida deu seu resultado. Sim! A volta de Cristo representará a hora da
verdade. Será a hora em que tudo ficará explícito. Será a hora que a prudência
aparecerá. Mas também será a hora em que a loucura se mostrará como loucura.
Aqueles que viveram para Cristo estarão prontos para seu Rei. Mas aqueles que o
desprezaram descobrirão que nada têm no Reino de Cristo. Será o Dia do
explicitamente de Cristo (Mt 7: 23). A hipocrisia e a genuinidade se revelarão
Naquele Dia. Será o Dia da segurança das virgens prudentes e do sentimento de
despreparo e desespero das virgens néscias. Semelhantemente a morte também
revela a situação de cada pessoa.
Assim as perguntas que devemos fazer
são as que se seguem:
A – Nossas lâmpadas estão acessas neste momento?
B – Temos óleo reserva?
C – Neste exato momento em que meditamos no assunto estamos preparados?
D – Se morrêssemos hoje estaríamos preparados ou não?
E – Se Cristo voltasse hoje estaríamos prontos ou não?
F – O que a morte revelará sobre nosso cristianismo? Mostrar-se-á
verdadeiro ou falso?
G – O que a Volta de Cristo revelará sobre nosso cristianismo?
Mostrar-se-á verdadeiro ou falso?
Que cada um medite seriamente nestas
questões com calma, mas já.
VI – O ÓLEO É PESSOAL (Mt 25:8-10).
As virgens néscias tentaram achar uma
solução impossível. Queriam parte do óleo das prudentes. Mas estas não lhe
deram, pois cada uma deveria ter o seu óleo reserva. Amigos, ninguém pode se
arrepender ou crer por nós. Nós devemos nos arrepender, pois o pecado é nosso.
Nós devemos crer no Redentor, pois se outros crerem e nós não, eles serão
justificado e nós continuaremos condenados. Naquele Dia ou teremos fé e
arrependimento em Cristo ou não. Não importa se as pessoas ao nosso lado tiverem
fé. A questão é: E nós? Seremos encontrados com fé ou incrédulos?
VII – A PORTA FECHADA (Mt 25:8-12).
Também devemos lembrar que Naquele Dia
se formos encontrados incrédulos não adiantará tentar “comprar óleo às pressas”. Não! Será tarde demais! Hoje é o tempo de
crer e se arrepender! Hoje é o tempo meu amigo, hoje! Ora, a porta Naquele Dia
se fechará e os salvos estarão na Festa do Noivo com grande alegria. Mas os de
fora baterão e ouvirão que nunca foram de Cristo. Ele nunca os conheceu. Oh amigos, que ouçamos a Cristo hoje e
vigiemos. Por isso Ele nos diz: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a
hora” Mt 25: 13. Você está vigiando?
VIII – CONCLUSÃO:
Somos cristãos genuínos ou não? Se
sim, então estamos prudentemente acordados esperando nosso Senhor com as
lâmpadas acesas e óleo de reserva. Que o Senhor nos dê sua Graça para que assim
seja!
Pode ser copiado e distribuído livremente, desde que indicada a fonte, a autoria, e o conteúdo não seja modificado!
*Pregação da noite de domingo, 20 de outubro de 2013, na Congregação Batista Reformada em Belém.
Para os livros do blog clique aqui.
Leitura recomendada:
Um Guia Seguro Para o Ceu - J. Alleine.
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Caros amigos, como o propósito do blog é mostrar o que a Bíblia ensina para a nossa edificação espiritual, e não fomentar polêmicas, que tendem a ofensas e discussões infrutíferas, não publicarei comentários deste teor, tão pouco comentários com linguagem desrespeitosa. Grato pela compreensão.