A morte revelará se minha vida valeu a pena!* - Manoel Coelho Jr.



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Morrendo o homem perverso, morre a sua esperança, e a expectação da iniqüidade se desvanece.” Pv 11:7

Desejo meditar neste provérbio extraindo dele algumas lições, que acredito, brotam dele naturalmente. Vivemos em um mundo onde as pessoas estão demasiadamente ocupadas. Infelizmente a maioria não para pensar se estas ocupações estão na ordem certa de prioridade. É muito fácil para um homem ou mulher dedicar-se ao menos importante exatamente porque estão distraídos com a grande quantidade de afazeres. Esta distração os leva a não avaliarem corretamente o grau de importância das coisas. Este provérbio nos lembra de um necessário critério que nos ajuda em tal avaliação. Este é o fato de que somos finitos, de que vamos morrer. A morte revelará se colocamos as coisas na ordem certa, pois será a nossa chegada à eternidade. A Bíblia mostra que dependendo de nossas prioridades a nossa vida está se encaminhando para a bem-aventurança ou para a danação eterna. Também mostra que Deus é a verdadeira prioridade e que Ele se revelou de forma satisfatória em Cristo Jesus. Se o Conhecemos, se somos seus amigos e o servimos em Cristo, a nossa morte será a entrada para a alegria de sua comunhão plena. Mas se não o Conhecemos, sendo-lhes rebeldes, nossa morte será a entrada para o Castigo Eterno. Em outras palavras, a morte revelará se nossa vida valeu a pena ou não. Ora, o ensino básico deste provérbio é que o homem perverso espera coisas boas, mas sua esperança se dissipará com a morte.  Medite então comigo nos seguintes pontos, prezado leitor.  

1 – A morte é reveladora.

Quando planejamos uma viagem será apenas quando chegarmos ao lugar escolhido que saberemos se valeu a pena todo o nosso trabalho. Uma pessoa pode imaginar um lugar aprazível, um bom tempo, acomodações confortáveis, flores e brisa e, no entanto se decepcionar encontrando um lugar imundo, um tempo chuvoso, e muita importunação. Também alguém pode entrar num negócio esperando grande lucro e acabar em grande prejuízo. Enfim, o final é que determinará se o caminho seguido foi de fato o mais satisfatório.  A morte é esse final. E o provérbio nos mostra exatamente isso. É a morte que mostrará o valor ou desvalor de toda a trajetória da vida do perverso, e podemos dizer de todos os homens. Ela mostra isso revelando se a esperança acalentada é resistente a sua chegada. Se a esperança de um homem se dissipar com a chegada de seu fim, isso significará a inutilidade de sua vida. Mas se ao contrário, a esperança for confirmada, significará que sua vida valeu a pena. A grande pergunta que devemos fazer é se nossa morte nos revelará coisas boas. Deveríamos pensar muito mais em nosso próprio fim do que normalmente fazemos neste mundo conturbado por tantas ocupações. Se assim fizéssemos creio que isto causaria um grande impacto sobre nós, pois muitas vezes revelaria que aquilo que consideramos tão importante na verdade nada vale e o que desprezamos é de valor eterno ao ponto de resistir a própria morte. Aconselho ao meu leitor a que leia a sua Bíblia orando a Deus para que lhe ilumine sobre a questão da morte e o que vem depois dela. Você deveria se ocupar mais sobre o que a morte lhe revelará. Se você pensasse mais sobre o tema não precisaria esperar a chegada de seu fim para que fosse esclarecido sobre o valor de sua vida neste momento. O ensino bíblico sobre a morte e a eternidade lhe daria um critério seguro para avaliar se está seguindo um caminho de verdadeira esperança ou de ilusão. Busque conhecer este assunto, é o que eu lhe peço!   

2 – Todos irão morrer.

O provérbio mostra que a morte virá ao homem perverso quando este espera outras coisas. Ele espera coisas melhores e não a morte evidentemente. Mas esta chega sem perguntar se pode. A morte chega e pronto. Isso insinua que a morte chegará a todos estejam ou não conscientes ou preparados para o fato. Isto é óbvio, mas as Escrituras nos lembram desta realidade para o nosso alerta. Leia os textos seguintes:

Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto.” Jr 17:5-8.

Nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós? Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” Lc 12:13-21.

Se todos vão morrer este alerta de Cristo é para todos. Somos ricos para com Deus ou não? Não será que planejamos muitas coisas com se não fossemos morrer nunca? Não seria mais prudente pensarmos que um dia vamos morrer e que este dia pode até ser hoje? Estas são todas questões claras e sérias levantadas pelas Sagradas Escrituras e pelo provérbio que estamos estudando.

3 – O ímpio possui “esperança”.

O provérbio deixa claro que o homem perverso, que é ímpio, possui esperança. Este é seu erro fatal, pois sua esperança falhará, visto ser falsa. É bom ter esperança, porque que sem ela um homem não vive e nada faz. Mas precisamos entender que uma esperança falsa é ainda mais prejudicial que não ter esperança alguma. Quando alguém não possui esperança pode ser que ser empenhe em alcançá-la. Mas o que tem uma esperança falsa não se importará em procurar a verdadeira, pois a falsa o iludiu. Sabemos pela Escritura que o pecado é um poder de engano. Como tal ele produz falsas esperanças. Lembra-se de Eva no capítulo três de Gênesis? Lembra como ela acreditou que melhoraria ouvindo a serpente? Eva possuiu naquele momento a esperança do pecado. O fato é que o pecador está tão dominado por seu pecado que iludido por ele espera coisas boas. Por exemplo, um assassino espera se dar bem matando pessoas. Ele espera sempre escapar. O mesmo acontece com os ladrões. Como é possível alguém entrar num mundo de crimes onde terá que se esconder o tempo todo e ser perseguido pela justiça? É que ele espera sempre escapar e de sobra enriquecer. Mas isso é característica de todos os pecadores. Eles “esperam”. Acaso não é essa a sua esperança? Gostaria que você pensasse seriamente se sua esperança tem base em Deus ou no pecado.  O que você espera tem base na Palavra de Deus ou é uma deturpação Dela? Você espera baseado no engano do pecado ou na Verdade da Palavra de Deus? Pense nisso.   
          
4 – A esperança do ímpio morrerá com ele.

Segundo o provérbio a esperança do ímpio morre com ele. Isso demostra que tal “esperança” não é realmente esperança, pois não se realiza. É uma espera que nunca alcança seu intento. É uma espera frustrada. E o que a frustra é a morte. A morte diz um basta a essa falsa esperança. É assim porque a morte traz desespero para o pecador, visto que o pecado, sendo um poder de mentira, é desmascarado na vinda do juízo na morte. Leia novamente o texto de Lucas:

Nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós? Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” Lc 12:13-21.

À luz destes fatos devemos ter em nossa mente de forma bem clara que se nossa esperança for pecaminosa terá em nossa morte a sua própria morte. Se formos ímpios nossa esperança morrerá junto conosco. A morte traz a condenação ao ímpio de forma repentina e inesperada. Esta é a verdade. Assim lhe pergunto: O que você espera se concretizará? Sua esperança resiste a tudo? Sua esperança morrerá com você ou resistirá até a morte? Sua esperança é pecaminosa e, portanto falsa, ou verdadeira sendo baseada em Deus, em sua Palavra? Pense nisso seriamente.

5 – A vida do ímpio é alienada.

Se a esperança do ímpio morre com ele, o provérbio também ensina a irrealidade em quem vive tal homem. Se alguém espera por algo que nunca virá, naturalmente esta vivendo em profunda ilusão e não na realidade. Ora, não há maior loucura que se deixar levar pelo engano do pecado. Lembra-se de Eva em Gênesis três? Ela se entregou a loucura, e creu na irrealidade. Ela desprezou a Deus e o paraíso para buscar a falsa esperança do pecado. Assim é todo o pecador: Ele não quer Deus, mas seus ídolos inventados por sua loucura pecaminosa. Mas a morte revelará esse fato. O pecador ao morrer descobrirá que creu em uma profunda e terrível ilusão. E você como tem vivido? Você vive no mundo real ou no mundo falso criado por seu pecado? Sua morte vai lhe mostra sua alienação, sua loucura? O que a morte lhe revelará?  
     
6 – A vida do justo é lúcida.

Se o ímpio tem uma vida alucinada, o justo, ao contrário, vive na realidade. É assim porque não está no domínio do pecado enganador. O Justo é o que “vê”, pois a Palavra de Deus o ilumina. Pense: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.” Sl 119: 105. Se Eva tivesse permanecido na Palavra de Deus não teria sido iludida pela serpente. Assim é que o Justo não dá ouvidos ao pecado, mas fica firme na Palavra. Quanto mais ele faz isso, mais ele vê o mundo e a eternidade como realmente são. Dessa forma quando a morte chega ao justo sua esperança não é destruída, pois o que Ele espera é o que o Deus que não pode mentir prometeu. Vida lúcida é a Vida do Crente na Palavra de Deus. É daquele que Creu em Cristo e se arrependeu de seus pecados. Esse homem não vive para este mundo, mas para Deus. Quando ele morre vê sua esperança se concretizar, visto que estará para sempre com seu Senhor. O que o justo espera é estar com Deus sem mais a companhia do pecado. Este é o seu caso? Você vê o mundo e a eternidade como realmente são? O que você espera é real, pois é baseado em Deus? A sua esperança não será destruída pela morte, mas a vencerá? Você espera estar com Deus ou outras pessoas e coisas são mais importantes?

7 – Conclusão:

Pense se sua vida está com as prioridades corretas. Pense no que a morte lhe revelará.  Você é de Deus em Cristo? Deus é seu tesouro ou um ídolo o é? Você o ama? O que sua morte lhe revelará? Sua esperança é duradoura? Sua vida está no rumo certo? Você está indo para a comunhão com Deus no Céu ou para a condenação no inferno? Acaso a morte lhe revelará que sua vida é útil? A morte revelará que sua vida está valendo a pena?

Pode ser copiado e distribuído livremente, desde que indicada a fonte, a autoria, e o conteúdo não seja modificado!

*Pregação da noite de domingo, 27 de outubro de 2013, na Congregação Batista Reformada em Belém.

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Leitura recomendada:

Um Guia Seguro Para o Ceu - J. Alleine.


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