Igreja Batista Reformada do Tapanã

  Vimos na exposição passada que Nosso Senhor começou a orar pelos crentes em geral, por aqueles que iriam crer no Evangelho como resultado do ministério apostólico. Nesta exposição, e nas seguintes, vamos tratar do que Ele solicita propriamente por estes crentes. Trata-se da Unidade Cristã. É um assunto bastante vasto e importante, que aqui, possivelmente, encontre o seu tratamento mais destacado nas Escrituras. Nestes primeiros estudos vamos mostrar o que o Nosso Senhor diz sobre a real natureza desta unidade, para que, em estudo posterior, apresentarmos o que Ele nos fala sobre os benéficos efeitos que tal unidade proporciona, especialmente aos que ainda estão fora da Igreja, o que  se relaciona com a missão ao mundo. Estes assuntos são de imenso valor  para a Igreja de todos os tempos, pois mostra como os cristão devem se relacionar uns com os outros, e o efeito que tal relacionamento causa no mundo em geral, para a glória de Deus. Vamos, então, começar a entender a real natureza d

Chegamos a uma nova seção da Oração Sacerdotal de Cristo. A partir do verso 20, Nosso Senhor começa a orar por todos os que crerão por intermédio do ministério apostólico. Já temos visto que a oração se divide em três partes básicas. Primeiro Cristo ora por si, depois ora especialmente pelos apóstolos, e, finalmente, ora por todos os crentes. Todavia também já temos destacado que estas orações não são desconexas. Na verdade, quando ora por si, está se apresentando como Aquele que morrerá pelos seus amados, o que inclui os apóstolos e todos os crentes. Já quando ora pelos apóstolos, ora em relação ao ministério deles que beneficiará a todos, e também como aqueles que, em certo sentido, representam todos os crentes. Por sua vez, quando ora pelos crentes em geral, isso também inclui os apóstolos, evidentemente. Nesta terceira seção, temos o trecho que vai do verso 20 ao verso 23, que vamos começar a estudar com a presente exposição. Essa parte podemos dividir assim: No verso 20 Cristo apr

Neste trecho, nas palavras de William Hendriksen, chegamos ao lado positivo da solicitação de Nosso Senhor. Cristo orou não somente para que os discípulos fossem guardados do maligno, como vimos nas exposições anteriores, mas para que também fossem santificados. Eis as faces de uma mesma moeda. Por um lado, há proteção das influências do mal. Por outro, há o fortalecimento do que é justo e bom (Jo 17: 15 e 17). Temos aqui, portanto, um pedido de Cristo ao Pai para que o caráter cristão fosse formado neles. Trata-se da santificação, que é um processo para toda a vida, quando o cristão vai sendo moldado à semelhança de Cristo em suas atitudes e obras, “mais e mais de acordo com a Lei de Deus” (Hendriksen). O cristão é justificado em Cristo quando crê (Rm 5). Todavia, isso não é tudo o que ocorre. Inicia-se imediatamente a santificação (Rm 6), que prosseguirá e será implementada por instrumento específico, o qual também Cristo solicita, como vamos estudar (verso 17). Porém, notamos no me

Continuemos nossos estudos deste precioso trecho da Oração Sacerdotal de Cristo. Procuramos enfatizar bastante, na exposição anterior, que Nosso Senhor orou, não para que seus discípulos fossem retirados do mundo, mas livres do mal. Desejo agora apresentar mais um aspecto desta questão, além de mostrar de que mal precisamos ser livres pelo Pai. Finalmente abordaremos o destaque que Nosso Senhor dá ao fato de que nem Ele, nem os seus discípulos, são deste mundo. I - Separação no coração (Verso 14). Não tirados do mundo, mas livres do mal. Infelizmente muitas vezes na história, e também em nossos próprios dias, os cristaos não entenderam assim, mas procuraram sair do mundo de alguma forma, para serem livres do mal, da perseguição, e da sedução. Tentaram, ou tentam, então, se separar das pessoas fisicamente para não correrem riscos. Mas isso não funciona, porque o problema não é meramente físico, mas espiritual. O problema não é a fisicalidade, mas o que está no coração. Você se lembra de