Décima primeira exposição sobre o Juízo Final - As duas casas (Texto, vídeo, e áudio) - Mt 7: 24-29 - Manoel Coelho Jr.
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será
comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a
chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra
aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele
que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem
insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram
os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela
desabou, sendo grande a sua ruína. Quando Jesus acabou de proferir estas
palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as
ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.”. Mt 7:
24-29.
I – INTRODUÇÃO:
O Senhor mostrou nos versos anteriores que a evidência que
mostra que uma pessoa é de Deus é a obediência e não profecia, expulsar
demônios, ou operar milagres. O trecho que vamos estudar agora é o fechamento
do Sermão da montanha e está ligado ao anterior pela palavra “pois”. E sobre o que
Jesus tinha acabado de falar? Resposta: da auto ilusão e da decepção no dia do
Juízo. Agora Ele fala que virá uma grande tempestade que vai destruir a casa
daquele que não tiver construído sobre a rocha, mas sobre a areia. Estes são
exatamente estas pessoas que ele tinha acabado de falar, isto é, os auto
iludidos, os que ouviram, porém não praticaram. Mas que tempestade é esta? Ora,
só pode se tratar do Juízo Final. Este juízo vindouro é que destruirá a casa de
todo aquele que se ilude. Por isso este tipo de pessoa precisa ser alertado.
Estas pessoas precisam ser acordadas para o fato de estarem construindo suas
casas sobre a areia, para o fato de serem, por causa disso, insensatas, sendo
assim exortadas à prudência, exortadas à construir sobre a Rocha. Então a pergunta
que imediatamente se levanta à cada um de nós é: Sobre o que estamos
construindo nossa casa? Lembremos que quando Ele fala em “casa” e “construção”
deve se referir a como nós estamos vivendo neste mundo. Cada pessoa está
construindo uma casa que vai ser testada no Juízo Final. Uns estão construindo
sobre a areia e outros sobre a Rocha. Qual seu caso?
II – IGUALDADE E DIFERENÇA.
Porém aqui Nosso Senhor não se refere a qualquer tipo de
pessoa, mas àquele dos textos anteriores. Observe: Quando o Senhor diz: “Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”, ele está se referindo a
pessoas religiosas ou a não religiosas? Cristo se referia a pessoas que já
tinham ouvido falar Dele ou a pessoas que nunca ouviram sobre seu Evangelho?
Resposta: É claro que se referia àqueles que já sabiam sobre Ele, ou seja,
pessoas religiosas. Ora, uma pessoa que nunca ouvira falar de Jesus nunca iria
chama-lo de “Senhor, Senhor”. Assim
esta pessoa já ouviu a Palavra de Cristo, já ouviu o Evangelho de Cristo Jesus.
Note, portanto, que apesar do Senhor falar de dois tipos de pessoas há algo que
as torna iguais, isto é, ambas ouviram falar de Cristo. Veja:
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica
será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha;... E todo aquele que ouve estas
minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que
edificou a sua casa sobre a areia;” Mt 7: 24-26.
Assim, os dois tipos ouviram, mas são diferentes porque um
ouve e pratica e outro ouve, mas fica só nisso, ou seja, não pratica. Dessa
forma estas pessoas não são ignorantes a respeito da Verdade do Evangelho, isto
as torna iguais neste sentido específico. Mas, o que faz a diferença é a
prática. Vejam que Jesus tinha acabado de falar dos iludidos que o chamavam de “Senhor”, mas não praticavam a Vontade do
Pai. Agora Ele faz esta ilustração para fechar seu discurso. No final, tudo
isso quer dizer: Não é suficiente ouvir a Palavra de Deus. Tiago nos diz assim:
“Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não
tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã
estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer
dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo,
lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a
fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé,
e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te
mostrarei a minha fé.” Tg 2: 14-18.
O que Tiago está ensinando aqui é que a verdadeira fé se
manifesta nas obras. Evidentemente que não está contrariando o apóstolo Paulo
querendo ensinar uma espécie de salvação pelas obras. Não! O que está dizendo é
que as obras mostram que a fé é verdadeira, viva, real. Por exemplo, um morto
não possui movimento. Um morto não se mexe, não pisca os olhos, não anda, não
levanta os braços, enfim, não tem nenhuma ação.
Mas a pessoa viva, ao contrário, é cheia de movimentos. Não é mesmo?
Então a fé quando é viva, quando é real necessariamente terá obras, terá
movimento. Compreende? Por isso Jesus vai dizer: “Nem todo o que me diz: Senhor,
Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai,
que está nos céus.” Mt 7: 21. Não é que você por fazer a vontade de
Deus vai para o Céu, pois a salvação é pela graça em Cristo, e sim que se
realmente você tiver fé com certeza também será santificado. Dessa forma
podemos dizer que nesta ilustração das duas casas o Senhor está se referindo a
esta diferença entre uma fé viva e uma fé morta. Tiago no trecho seguinte ao
que citei demostra que a fé de Abrão se manifestou em obras. Cito a seguir o
meu comentário de Gn 22. Vejamos:
“Trazendo este episódio
com Abraão como exemplo, Tiago nos diz: “Porque,
assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.”.
Tg 2:26 (Leia Tg 2:14-26). A verdadeira fé há de manifestar-se em obras. Se não
houver obras a fé não existe. Assim, notemos os atos de fé de Abraão:
A – Ele se levantou de
madrugada e preparou tudo (Gn 22: 3).
B – Seguiu o caminho de
três dias para o lugar que Deus lhe indicara (gn 22: 2-4).
C – Disse a seus servos
que esperassem, pois ele e seu filho voltariam. Isso mostra que cria que a
promessa de Deus se cumpriria por seu filho, nem que para isso fosse preciso
que o mesmo ressuscitasse dentre os mortos. (Gn 22: 5. Leia também Hb 11:
17-19).
D – Mostrou que Deus
providenciaria tudo com relação ao sacrifício o que incluía a vinda do Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo (Gn 22:7,8 e Jo 1:29).
E – Preparou o altar
para o Holocausto e sobre o mesmo deitou seu filho após amarrá-lo (Gn 22: 9).
F – E o ápice: Tomou o
cutelo para imolar o filho. Este foi o ato mais importante. Se falhasse agora
todos os atos anteriores não poderiam ser considerados atos de fé. Por isso é
que neste exato momento o Anjo do Senhor brada, pois aqui ficou demostrada de
fato a sua fé.
Notamos bem claramente
o progresso destes atos de fé até o ato mais importante: O tomar o cutelo.
Devemos aplicar estes atos a nós perguntando: Onde está a nossa fé demostrada
em obras? Confiamos e fato em Deus seguindo sua Palavra? Descansamos em suas
promessas como fez Abraão?”.
Assim não é que Abraão foi salvo por estes atos, mas nisso
tudo fica demonstrado que aquele que realmente é salvo é uma pessoa que obedece
a Deus. Por isso existe uma diferença fundamental entre o auto iludido e o
verdadeiro filho de Deus. Qual é esta diferença? Resposta: A prática. Olhemos
novamente para Mateus.
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica
será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha;... E
todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será
comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia;”
Mt 7: 24-26.
O que faz a diferença? Ora ambos ouviram a pregação, mas a
diferença é: Um pratica e outro não pratica. Assim, um é o auto iludido que Ele
acabara de mencionar, que apenas ouviu, mas não pratica dizendo somente “Senhor, Senhor”. Este não é crente
verdadeiro, tendo sua fé morta que não produz boas obras. Já o outro é o que
crê realmente, confiou no Senhor Jesus Cristo para a remissão de seus pecados,
se arrependeu genuinamente, voltou-se para Deus, enfim, em arrependimento e fé,
passando agora a viver uma vida de obediência aos mandamentos do Senhor. Este
pratica a Palavra de Deus, e esta prática é a construção da vida.
Leiamos ainda outro texto paralelo:
“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?”
Lc 6:46.
Observe que a ênfase está sempre em fazer o que Ele manda, pois
isto mostra que a pessoa é realmente crente. Note que segundo este texto o que
se espera é que o servo obedeça a seu Senhor, que o sirva, que cumpra os
mandamentos, as ordens de seu senhor.
Mas Jesus diz que existem muitos que o chamam “Senhor”, mas não fazem o que Ele manda. O que é isto? Resposta:
Auto ilusão, hipocrisia, mentira! Tudo isso mostra a falsidade da confissão desta
pessoa. Ela diz uma coisa com suas palavras, mas outra coisa completamente
inversa com suas obras. Na verdade está pessoa proclama abertamente com sua
vida que Cristo não é seu Senhor.
III – CONSTRUINDO A CASA.
Leiamos um pouco mais a Lucas:
“Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu
vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante a um homem que, edificando uma
casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a
enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido
bem construída. Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que
edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra
ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.” Lc
6: 47-49.
Sobre o que Jesus fala quando se
refere à construção de uma casa? Ele está dizendo que há dois tipos de pessoa
entre os que ouvem sua Palavra. Lembremos: Ambas ouvem, só que uma delas
pratica e a outra não. O que pratica é o crente que Cristo chama de prudente,
sábio, pois edificou sobre a rocha: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas
palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou
a sua casa sobre a rocha;” Mt 7: 24. Lucas esclarece um pouco mais:
“É
semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e
lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio
contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída.”
Lc 6:48. Já o outro homem é chamado de insensato, pois construiu na areia. Este
homem é o que ouve , mas não pratica, como já vimos. Mateus diz: “E
todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um
homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia;” Mt 7:
26. E Lucas diz: “Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou
uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela,
logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.” Lc 6:
49.
Assim, o que é construir a casa?
Resposta: É viver a vida, construir a vida. Amigos, nós estamos construindo
esta vida para a eternidade, para o teste final no Juízo Vindouro. Estamos
vivendo esta vida que será provada no Dia do Juízo Final. Trata-se, assim, da
maneira como estou vivendo, o que estou crendo, o que estou praticando, quais
minhas atitudes, o que há e domina meu coração. Tudo isso vai ser provado
naquela grande tempestade que virá no Juízo. A pergunta crucial é: Sobre o que
estou construído minha vida? Sobre o que estou construindo minha fé? Sobre o
que eu construo a minha prática, a minha vida? Se sou uma pessoa que está construindo a vida
sobre a Palavra de Cristo, se creio de verdade, se não sou um ouvinte
esquecido, então sou prudente, pois construo sobre a Rocha. Tiago também nos
diz:
“Sabeis estas coisas, meus amados irmãos.
Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se
irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus. Portanto,
despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão,
a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma.
Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes,
enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não
praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto
natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece
de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei
perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas
operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.” Tg
1: 19-25.
Assim, o que ouve e não esquece, mas
acolhe a Palavra, crê nela, pratica, vive a Palavra, confia em Cristo de todo o
coração, se entrega a Ele como seu Senhor e Salvador, se arrepende de seus
pecados, passa a odiar o pecado, passa a viver para Deus porque o ama, este é o
homem prudente que está construindo sua vida sobre a Rocha. Ele está edificando
uma casa, cavou, abriu profunda vala, e lançou o alicerce sobre a Rocha (Lc 6:
48). Este homem está construindo sua vida sobre a base mais segura do Universo.
Por isso Ele é prudente. Ora, a Palavra de Cristo é firme e verdadeira, pois é
a Palavra de Deus: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica”
Mt 7: 26. Jesus é a Rocha, o Evangelho é a Rocha, a Palavra Dele é a Rocha. Ele
é o Verbo, a Palavra, a Rocha. De maneira que prudente é o homem que constrói
sua vida sobre Ele, assim como é prudente o homem que procura construir uma
casa com bom alicerce e sobre um terreno firme. Na verdade o que importa não é
a aparência de uma casa, mas a sua fundação, porque se trata da base da construção.
Ora, não existe nenhuma Rocha como a Palavra de Deus. Veja o final do Capítulo
sete de Mateus:
“Quando Jesus acabou de proferir estas
palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as
ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” Mt 7
:28, 29.
As pessoas perceberam que o ensino de Cristo era
diferente dos escribas que apenas repetiam o que outros aviam falado. Jesus
não. Ele falava com autoridade própria porque Ele é Deus. Só Ele podia dizer: “Eu
porém vos digo”. Que autoridade! Portanto estas pessoas perceberam este poder
da Palavra de Cristo, sua autoridade. Não existe nada mais firme que está
Palavra. Deus não mente, não falha, não é enganoso. A Palavra de Deus não é areia,
não é um alicerce fraco, mas a Rocha firme. É o alicerce mais firme que existe.
Construir sobre sua Palavra é construir sobre Rocha, é cavar vala profunda. De
fato o que faz isso é um homem prudente. Você leitor é assim? Você ouve e crê?
Vive a Palavra? Quando vier a chuva é isso que vai importar. Quando vier a
tempestade, a enchente, e o vento a casa sobre a Rocha não vai cair. Sabemos
que a tempestade é democrática. Ela vem para todos. Virá sobre você!
Mas qual é esta tempestade? Resposta:
O Juízo Final. Esta é a tempestade das tempestades. É o Dia do Juízo. O Dia do
Terror para os ímpios. O Dia da prestação de contas. O Dia em que os livros serão
abertos e cada obra, atitude, e coração, serão descortinados e julgados (Ap
20:11-15). Será o dia do “Explicitamente” de Cristo ( Mt 7:
23). Dia em que todas as máscaras cairão. Dia em que Aquele que conhece nossos
corações será nosso Juiz (Hb 4:13). Tudo ficará claro Naquele Dia. Ele dará a
cada um segundo as suas obras. Esta é a maior tempestade que o pecador tem que
enfrentar, pois o maior problema do pecador é Deus. Ele é rebelde contra Deus,
e Deus é seu Inimigo. Ora, este Deus será o Juiz. Meu leitor, Deus é o pior
inimigo que alguém pode ter. Amigos, Deus é tão Santo que não pode ver o pecado
(Hc 1:13). E o que nós somos por natureza? Resposta: Pecadores. Este é o Deus que
nos julgará.
Diante disso pergunto: Alguém pode se
atrever a enfrentar este Juízo sem Cristo? Alguém pode enfrentar esta terrível
tempestade sem a Rocha? Lógico que não! Amigos, apenas com o Redentor, apenas
com o Salvador, é que alguém poder estar preparado para este Dia do Juízo
Final! Bendito seja Deus, pois Cristo morreu por pecadores como nós! Por isso
eu os exorto: Creiam em Jesus para estar preparado para este Dia. Oh amigos, confiem
Nele! Confiem Nele! A graça Dele é que pode redimir a cada um de vocês. A graça
de Deus Nele, em Cristo, é que pode salvar, purificar dos pecados, justificar, e
santificar. Creia para que então Naquele Dia, você firmado Nele, na Rocha, a
tempestade não venha lhe destruir. Para que Naquele Dia a sua casa não Venha a
cair. Amém! A casa estará firme em Cristo porque Ele é o sustentador, o Redentor.
Aqueles por quem Ele morreu não serão destruídos. Ele nos diz: “Em
verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me
enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”.
Jo 5: 24. Por isso que prudente é o homem que confia em Cristo e só Nele, pois
Ele é a salvação, a Rocha. A preparação para este Juízo vindouro está Nele. Quem
crê Nele de fato constrói sua vida sobre a Rocha. Este é o maior exemplo de prudência.
Confiemos Nele, então!
Mas o outro lado é real também.
Existem aqueles que ouvem, mas não creem. Por isso Ele diz: “E
todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será
comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia;”
Mt 7: 26. Este é o ouvinte esquecido como alguém que se vê no espelho e logo não
lembra sua aparência (Tg 1:19-27). Tem gente assim: Ouve, ouve, ouve a pregação,
mas não crê, não se arrepende, e, portanto, não pratica mesmo que diga que crê,
pois neste caso sua fé é morta. Este é o homem que vive no cúmulo da imprudência.
Tal homem pensa que pode construir uma casa sem alicerces. O que você pensaria
de um homem que faz uma casa belíssima, mas sem fundamento? A casa é bem rebocada,
o acabamento é excelente, tudo é bem ornamentado, o jardim é bem cuidado, o
material é da melhor qualidade, mas enfim, ele pensa: “Não preciso de alicerce”. O que você pensaria deste homem? Não
seria um louco? Amigos, este é o homem que está construindo a vida sem Cristo!
Este é o homem que diz: “Ah, o juízo
vira? Eu sei, mas estou preparado!”. Ele diz: “Senhor, Senhor”. Mas ele não confia realmente no Senhor nem se
arrepende de seus pecados. Ele está esperando o Juízo, mas sem Cristo. Tal
pessoa não tem fundamento, não está firmado na Rocha, não tem fé genuína. É um
louco imprudente que espera enfrentar a maior tempestade da história da Criação
resistindo sobre a areia, sem cavar vala profunda, sem alicerces. De fato este
é um homem imprudente. Um dia a tempestade virá e o que acontecerá? A casa desabará
e a sua ruína será grande. Lembra-se de João 3:16? Diz assim: “Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16.
Quem não está em Cristo vai ser completamente destruído, condenado eternamente
porque o salário do pecado é a morte (Rm 6:23). Amigos, para o homem insensato o
Dia do Juízo será para o terror. A sua casa vai cair e ele não terá onde por a cabeça
embaixo. A tempestade virá e derrubará tudo matando o imprudente.
Pense: O que procuramos fazer quando se
prepara uma forte chuva e nós estamos andando na rua? Nós procuramos um abrigo.
Não é mesmo? Procuramos um telhado, uma casa. Mas o que pensar de uma pessoa
que procura se proteger em uma construção que cairá debaixo daquela mesma chuva
devido a fragilidade na fundação? Imagine que há indícios de que isto pode
acontecer, que aquela pessoa já foi informada, mas mesmo assim imprudentemente
insiste em se abrigar naquela casa em construção. Que ruína será isso para tal
pessoa. Não é verdade? Ora, na hora em que ela mais precisar do abrigo, da
casa, a mesma casa vai desabar e matá-la. É isso que ocorrerá no Dia do Juízo
com o auto iludido. Este homem imprudentemente está construindo sua casa sem
Cristo como a base. Ele diz: “Ah eu vou à
igreja, chamo Senhor, Senhor, Jesus é meu Senhor e pronto”. Mas lembremos
que apenas confessa sem crer no coração nem se arrepender. Está construindo
sobre a areia e não sobre a Rocha. E ele acredita loucamente que quando a
tempestade vier tudo dará certo. Ele diz: “Estou
salvo, estou salvo, estou salvo!”. A imprudência deste homem está em que
ele constrói a vida sem Cristo que é a Rocha. Na hora que mais precisar de sua
casa, isto é, na tempestade, no Juízo, então para sua tristeza e terror a mesma
cairá. Oh amigo, sobre o que você está construindo a vida. Lembre que o fundamento
não aparece, mas é a parte mais importante da casa. O nosso coração não
aparece, mas é o que importa. Assim pergunto: Seu coração está em Cristo ou não?
Deus sabe a verdade. Então, que você creia em Cristo. Que você não apenas ouça
a Palavra, mas realmente creia Nela, se arrependa e pratique a Verdade.
IV – CONCLUSÃO:
Dois homens, duas casas, dois
terrenos, e uma tempestade, o Juízo Final. O prudente constrói sua vida sobre
Cristo, a Rocha, e não será destruído no Juízo Final. O imprudente não confia em Cristo e nem se
arrepende, apesar de clamar “Senhor e Senhor”.
Este será destruído, pois constrói sobre a areia. Que todos nós, à luz da
verdade deste texto, possamos nos analisar e perguntar: Sobre o que estou construindo
a minha vida? É sobre a Rocha ou sobre a areia? É sobre a Palavra de Cristo ou
sobre a minha hipocrisia, a minha mentira? É sobre a Verdade de Deus ou sobre a
mentira do mundo, da carne, do pecado, e do diabo? Sobre a Verdade da Palavra
ou sobre uma auto ilusão que de nada me adiantará? Que Cristo possa ser a nossa
Rocha. Que possamos estar firmados Nele pela fé genuína. Amém!
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Leitura recomendada para o aprofundamento no assunto:
Medita Estas Coisas (Nova Edição)
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