A MELHOR APOLOGÉTICA – OBRAS DE AMOR – Kevin Vanhoozer.

É mais fácil rejeitar conceitos teológicos abstratos ou criticar o que parecem ser doutrinas ultrapassadas; mas algo totalmente diferente é ignorar imagens da vida real que encenam a verdade do evangelho por meio da reconciliação racial, do perdão familiar, da justiça social e do amor sacrificial. É difícil contestar o ministério da reconciliação. A igreja não pode obrigar o mundo a provar e ver a bondade de Deus. No entanto, ela é responsável por comunicar tanto o sentido quanto a doçura do que é em Cristo. Para isso, talvez não haja nenhuma demonstração pública melhor do que celebrar a ceia do Senhor — ser e praticar a comunhão. Bonhoeffer declara: “A comunidade cristã não é um ideal que temos de realizar, mas uma realidade criada por Deus em Cristo da qual podemos participar”.

A ceia do Senhor é tanto summa quanto apologia do evangelho, porque na celebração da ceia a igreja não apenas proclama, mas também encena de forma concreta tanto a união quanto a comunhão, a realidade do que é em Cristo. O próprio Jesus tratou da importância desse aspecto da teologia pública: “Nisto todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Esse aspecto final da vocação do pastor diz respeito a equipar a igreja para sua missão no mundo: “O mundo não crerá nem saberá que Deus enviou Jesus apenas porque nossa teologia é verdadeira, nossa doutrina é correta e nossa liturgia é adequada. O mundo saberá e crerá quando vir Jesus em nós”.94 Em última análise, a melhor apologética é o povo de Deus celebrando a ceia e realizando obras de amor ao mundo, demonstrando a verdade do que é e do que será em Cristo.

Vanhoozer, Kevin. O Pastor como teólogo público (p. 281). Vida Nova. Edição do Kindle. 

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