Estudo 23 - Juízo Final - Apartando os cabritos* - Vídeo, áudio e texto - Manoel Coelho Jr.
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I – INTRODUÇÃO:
Vamos agora complementar o estudo
anterior olhando brevemente para o que o Senhor fala a respeito dos condenados,
isto é, aqueles designados como cabritos na ilustração dada por Cristo. Veremos
que o que se diz deles é exatamente o oposto do que se diz das ovelhas. E no
encerramento veremos que a diferença também se mostrará na morada final dos
dois grupos. Lembremos que o texto nos chama para o autoexame. Estamos entre as
ovelhas ou entre os cabritos?
II – OS MALDITOS.
“Então, o Rei dirá também aos que estiverem à
sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para
o diabo e seus anjos.”. Mt 25:41.
As ovelhas são benditas, agraciadas
por Deus. Já os cabritos são malditos, o que implica na condenação justa deles
por parte do Reto Juiz, Cristo Jesus. E afirmo que tal condenação é justa
devido ao pecado deles, o que fica evidente a partir dos versos 42. Ora, eles
deixaram de ajudar os necessitados. Maldição, condenação, morte, sempre estas
coisas vêm como resultado do pecado. É a ira justa e santa de Deus contra o
pecado dos homens, impingindo-lhes o castigo merecido. Este castigo será o fogo
eterno que fora preparado para o diabo e seus anjos. A condenação dos ímpios
será tão terrível que os fará participantes da condenação do diabo. Além disso,
notamos que estes cabritos são apartados de Cristo enquanto que as ovelhas são
aproximadas com um “vinde”. De fato tais cabritos nada têm a ver com Cristo,
pois são do pecado, do diabo, e do mundo oposto a Deus. Assim é a situação dos
homens ímpios já nesta vida. Eles são malditos, inimigos, e apartados de Deus. O
Senhor simplesmente os entrega a sua própria maldade. Estes homens e mulheres não
são eleitos, mas são entregues as suas próprias vontades, pois Deus não tem
nenhuma obrigação de salvar quem quer que seja, mas salva por pura Graça e apenas
aos que escolheu. No caso destas pessoas Ele lhes dá o seu quinhão, isto é, a
condenação merecida por seus pecados. Isso é muito sério. Daí que devemos nos precaver
de todo o engano e realmente termos certeza de que somos ovelhas e não cabritos,
avaliando se estamos de fato redimidos por Cristo, ou se ainda permanecemos em
nossos pecados.
III – OS DESAMOROSOS, INSENSÍVEIS, E NEGLIGENTES.
“Porque tive fome, e não me destes de comer;
tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes;
estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me.”
Mt 25: 42, 43.
O “não” faz toda a diferença neste
texto. Quando lemos sobre a prática das ovelhas este “não” é ausente, mas aqui
ele se repete. Ele indica o deixar de fazer o que deve ser feito. É a
negligência. As ovelhas fazem. Já os cabritos deixam por fazer. Mas o que eles
não fazem? Ora, eles não satisfazem as necessidades dos irmãos. Eles os veem
com fome, ou sedentos, ou nus, ou forasteiros, ou doentes, ou presos e não
fazem absolutamente nada. Eles são insensíveis, e seguindo nosso estudo
anterior, podemos dizer que assim agem porque não amam, e não amam porque não
são de Cristo. Este é o ensino claro de I João.
Veja:
“Nisto são manifestos os filhos de Deus e
os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus,
nem aquele que não ama a seu irmão. Porque a mensagem que ouvistes desde o
princípio é esta: que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era
do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas
obras eram más, e as de seu irmão, justas. Irmãos, não vos maravilheis se o
mundo vos odeia. Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque
amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que
odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a
vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua
vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir
recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu
coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de
palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. E nisto conheceremos que
somos da verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração;”
I Jo 3:10-19.
Fica evidente que o que faz a
diferença entre um filho de Deus e um filho do diabo é o amor prático. Aliás, o
próprio Deus nos amou de forma prática enviando seu Filho para morrer por nós.
Cristo nos amou por isso deu sua vida por nós, os necessitados de Salvação.
Quem é de Cristo fará o mesmo, isto é, exercerá amor prático satisfazendo as
necessidades dos irmãos. Quem não possui tal amor é do diabo e ponto final.
Esta é o ensino claro da passagem, o que apoia Mateus 25 em seu ensino sobre os
cabritos. Amigos, este é nosso teste: Nós amamos os irmãos, os pequeninos de
Cristo, de forma prática? Sim ou não? Somos sensíveis as suas necessidades ou
insensíveis e negligentes? Nós fazemos ou deixamos de fazer? Somos de Deus ou
não?
IV – OS HIPÓCRITAS.
“E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi
que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te
assistimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o
deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer.”.
Mt 25: 44, 45.
Esta pergunta manifesta surpresa, mas
não surpresa inocente. É surpresa do autoengano, da hipocrisia. Há a hipocrisia
consciente que é quando se tenta enganar os outros, mas há também a
inconsciente, que aparece quando a pessoa engana a si própria. Aqui é possível
que haja os dois casos, mas penso que pela forma do texto a hipocrisia
inconsciente é que se enfatiza. Eles estão surpresos. Mas a surpresa vem pelo
fato das pessoas se iludirem por uma falsa evidência de salvação. Lembremos que
a evidência real é o amor prático. Percebe? Todavia muitos se iludem com o fato
de serem pregadores, ou milagreiros, e assim por diante como já vimos quando
estudamos Mt 7: 22, 23. É porque os homens não ouvem a Palavra na Escritura que
se enganam com falsas evidências tornando-se hipócritas inconscientes. Cuidado
com isso! Não se iluda! Jesus esclarece que a evidência verdadeira é o amor
prático a favor dos pequenos, e que nisto mostramos que amamos a Ele mesmo,
pois quando o amamos também amamos aos nossos irmãos que sofrem. Há isso em
nós?
V – OS FINAIS.
“E irão estes para o castigo eterno, porém os
justos, para a vida eterna.” Mt 25: 46.
Aí estão os diferentes finais das
ovelhas e cabritos: Vida eterna ou castigo eterno. Ambos são:
1 – Justos.
O castigo dos ímpios é justo devido a
seus pecados. A vida eterna dos eleitos também é justa, pois foi ganha de forma
justa por Cristo em sua vida, morte, e ressurreição, tendo sido decretada na
eternidade. Assim podemos ter absoluta certeza que Deus será justo para
conosco. Dessa forma, saiba que se você vai estar entre as ovelhas Naquele Dia,
isso ocorrerá por causa do que Cristo fez por você na Cruz e não por suas
obras, visto que suas obras só o condenam. Então creia em Cristo como seu Único
e Suficiente Salvador e Senhor.
2 – Vêm do Justo Juiz que é Cristo.
É Cristo quem pronunciará o veredito
sobre ambos os grupos. Ele é o Juiz. Quem o honra, honra o Pai. Quem não o
honra agora terá que dobrar-se a Ele no Juízo. Lembra o que Ele disse? Ouça: “E o
Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, a fim de que todos
honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o
Pai que o enviou.” Jo 5:22,23. Medite nisso!
3 – São eternos.
Nunca terminarão. Sim, as delícias do
Céu nunca se acabarão. Mas, os horrores do inferno também jamais terão fim. O
que o pecado provoca tem consequências eternas, mas também, louvado seja Deus,
o que Cristo fez na Cruz produz expiação total e Vida Eterna. Amigos, qual o
nosso fim? A forma como vivemos agora já o demostra. O que sua vida tem
demostrado? Oh, corra para Cristo em arrependimento e fé, e então está fé e
arrependimento se manifestarão em uma vida de amor prático a Deus e aos próximos
pelo Poder do Espírito Santo. Amém!
IV – CONCLUSÃO:
Ovelhas ou cabritos? Amorosos ou
insensíveis? Práticos ou negligentes? De Deus ou do diabo? Benditos ou
malditos? Da vida Eterna ou do castigo eterno? Enfim, de Cristo ou não? Eis as
questões que de fato importam. Que pela Graça todos nós Naquele Dia ouçamos estas
consoladoras palavras de Cristo: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse
do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” Mt 25:34.
Pode ser copiado e distribuído livremente, desde que indicada a fonte, a autoria, e o conteúdo não seja modificado!
*Pregação da noite de domingo, 19 de janeiro de 2014, na Congregação Batista Reformada em Belém.
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