Os evangélicos modernos abandonaram a Bíblia Sagrada e foram lançados em trevas - Parte VI - A impureza do homem.
A – A Lei de
Deus é o espelho do homem.
Leiamos o
seguinte texto:
“Porque,
se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que
contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se
retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que
considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera,
não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado
no que realizar.”. (Tg 1:23-25).
Podemos inferir
desta declaração de Tiago que a Santa Lei de Deus funciona como uma espécie de
espelho da vida espiritual dos homens. À medida que um homem se expõe as
exigências absolutas da Lei ele descobre sua condição diante do Deus Santo,
visto que a Lei é a expressão da Santidade Divina. Ora, Deus é o Padrão da
verdadeira pureza, e tal padrão descobrimos na Lei. Um homem aos seus olhos
pode achar que é muito bom. Mas o próprio homem não se constitui o Padrão de
bondade ou pureza. Assim, enquanto este homem não se comparar com o verdadeiro
padrão, estará incorrendo em perigoso engano. O que cada homem precisa fazer é
comparar-se com o padrão genuíno de pureza que é o próprio Deus. Mas onde está o
Padrão de Deus? Resposta: Em sua Lei. Todavia a Lei de Deus, sendo expressão de
sua perfeita santidade, é absoluta em suas exigências perscrutando o coração,
desejos, e ações do homem, e abarcando toda sua vida. Como Deus é puro a Lei
exige pureza do homem para que se aproxime do Senhor. De fato a Lei é um
espelho que descobre os mais profundos recantos da alma. Ante a Lei de Deus o
homem fica “nu”, ou seja, aparece o que ele mantém escondido. E o que ele
esconde? Resposta: O pecado no coração, nos desejos, e na prática. Descobre-se
o pecado em toda sua vida. Descobre o adultério no coração e nos desejos e nos
olhos (Mt 5: 27, 28). Descobre-se o assassinato em sua ira e em seus insultos
(Mt 5:21,22). Ele vê-se como totalmente impuro ante o Deus Santo. Vê-se como
completamente culpado. Agora ele entende as palavras do apóstolo Paulo: “Ora,
sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale
toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será
justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno
conhecimento do pecado.”. (Rm 3:19,20). A Santa Lei de Deus deu-lhe o
pleno conhecimento de seu pecado. Agora ele diz: “Eu sou culpável”. O homem agora vê que merece o juízo de Deus.
B – A ira de
Deus.
O Deus Santo
não pode amar o pecado ou considerá-lo coisa normal. Se Deus não se irasse
contra o pecado isso indicaria alguma mancha em seu ser. Mas o Senhor nos livre
de sequer cogitamos tal blasfêmia. O fato é que o Santo Deus deve
necessariamente ter ojeriza pelo pecado e pelo que peca. A isso a Bíblia chama
de Ira. Assim, ira é a reação Santa de Deus contra o pecado. Por isso Paulo nos
diz: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos
homens que detêm a verdade pela injustiça;” (Rm 1:18). Esta ira se
manifesta em castigos que Deus infringe aos pecadores. Tais castigos são justos
como a própria ira. Em meu livro sobre o pecado indico alguns exemplos da ira
de Deus manifesta em castigos, o que reproduzo a seguir:
Diante do
pecado de afligir os órfãos, as viúvas e estrangeiros:
“a minha ira se acenderá, e vos matarei à espada;
vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos, órfãos” (Ex 22:24).
Diante do
pecado de murmuração do povo:
“Queixou-se o povo de sua sorte aos ouvidos
do SENHOR; ouvindo-o o SENHOR, acendeu-se-lhe a ira, e fogo do SENHOR ardeu
entre eles e consumiu extremidades do arraial.” (Nm 11:1).
Diante do
pecado da idolatria:
“Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do
SENHOR se acendeu contra IsraelDisse o SENHOR a Moisés: Toma todos os cabeças
do povo e enforca-os ao SENHOR ao ar livre, e a ardente ira do SENHOR se
retirará de Israel.” (Nm
25:3,4).
Diante das
práticas abomináveis de falsas religiões:
“Também queimaram a seus filhos e a suas
filhas como sacrifício, deram-se à prática de adivinhações e criam em agouros;
e venderam-se para fazer o que era mau perante o SENHOR, para o provocarem à
ira. Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel e o afastou da sua
presença; e nada mais ficou, senão a tribo de Judá.” (II Re 17:17,18).
Diante de Usar
quando estendeu a mão para segurar a arca do Senhor:
“Então, a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá
e o feriu, por ter estendido a mão à arca; e morreu ali perante Deus.” (I Cr 13:10).
Diante dos que
recebem suborno:
“Por
isso, se acende a ira do SENHOR contra o seu povo, povo contra o qual estende a
mão e o fere, de modo que tremem os montes e os seus cadáveres são como monturo
no meio das ruas. Com tudo isto não se aplaca a sua ira, mas ainda está
estendida a sua mão.” (Is
5:25).
Diante da
teimosia em pecar apesar da revelação e advertências de Deus:
“Mas rebelaram-se contra mim e não me
quiseram ouvir; ninguém lançava de si as abominações de que se agradavam os
seus olhos, nem abandonava os ídolos do Egito. Então, eu disse que derramaria
sobre eles o meu furor, para cumprir a minha ira contra eles, no meio da terra
do Egito.” (Ez 20:8).
“A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade
e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de
Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a
sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo,
sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por
isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram
como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios
raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por
sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em
semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e
répteis. Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências
de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram
a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do
Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!”(Rm 1:18-25).
Diante do
pecado de Eli em não repreender seus filhos:
“Disse o SENHOR a Samuel: Eis que vou fazer
uma coisa em Israel, a qual todo o que a ouvir lhe tinirão ambos os ouvidos.
Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua
casa; começarei e o cumprirei.Porque já lhe disse que julgarei a sua casa para
sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram
execráveis, e ele os não repreendeu. Portanto, jurei à casa de Eli que nunca
lhe será expiada a iniqüidade, nem com sacrifício, nem com oferta de manjares.” (I Sm 3:11-14).
Diante de
pecados sexuais, avareza e vários outros:
“Ninguém vos engane com palavras vãs;
porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.”
(Ef 5:6).
Diante dos que
vendiam no Templo:
“Tendo Jesus entrado no templo, expulsou
todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e
as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa
será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.” (Mt 21:12,13).
Diante do
assassinato:
“Se
alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus
fez o homem segundo a sua imagem.” (Gn 9:6).
Diante de
Nadabe e Abiú por apresentarem fogo estranho:
“Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram
cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e
trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara.
Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o
SENHOR. E falou Moisés a Arão: Isto é o que o SENHOR disse: Mostrarei a minha
santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o
povo. Porém Arão se calou.” (Lv 10:1-3).
Diante da
multiplicação do pecado em geral, e de sua presença no coração dos homens:
“Viu
o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era
continuamente mau todo desígnio do seu coração; então, se arrependeu o SENHOR
de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. Disse o SENHOR:
Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os
répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Porém Noé
achou graça diante do SENHOR. Eis a história de Noé. Noé era homem justo e
íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus. Gerou três filhos:
Sem, Cam e Jafé. A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de
violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser
vivente havia corrompido o seu caminho na terra. Então, disse Deus a Noé:
Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens;
eis que os farei perecer juntamente com a terra.” (Gn 6:5-13).
No entanto a
maior manifestação da ira de Deus será no castigo eterno no inferno. Sobre este
terrível castigo podemos dizer quatro coisas:
a – Deus é quem
pune. Vejamos o que nos diz o profeta Isaías: “Quem é este que vem de Edom, de
Bozra, com vestes de vivas cores, que é glorioso em sua vestidura, que marcha
na plenitude da sua força? Sou eu que falo em justiça, poderoso para salvar.
Por que está vermelho o traje, e as tuas vestes, como as daquele que pisa uvas
no lagar? O lagar, eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava
comigo; pisei as uvas na minha ira; no meu furor, as esmaguei, e o seu sangue
me salpicou as vestes e me manchou o traje todo. Porque o dia da vingança me estava
no coração, e o ano dos meus redimidos é chegado. Olhei, e não havia quem me
ajudasse, e admirei-me de não haver quem me sustivesse; pelo que o meu próprio
braço me trouxe a salvação, e o meu furor me susteve. Na minha ira, pisei os
povos, no meu furor, embriaguei-os, derramando por terra o seu sangue.”.
(Is 63:1-6). Assim, o castigo eterno não será algo alheio a Deus como se fosse
mera consequência natural das ações ruins, mas ao contrário, será o próprio
Deus punindo, ou seja, derramando sua ira sobre os ímpios, infringindo-os o
mais terrível sofrimento.
b – No castigo
eterno não haverá nenhum bem, nem o mínimo dos benefícios. Jesus contou-nos o
caso do rico e de Lazaro. Sobre o rico ao morrer o Senhor nos disse o que lhe
sucedeu. Vejamos: “morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos,
levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então,
clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que
molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado
nesta chama.”. (Lc 16:22-24). Este condenado queria apenas um
mínimo de água para que lhe fosse refrescada a língua. Mas nem mesmo isso lhe
foi dado. Veja: “Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em
tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está
consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre
nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem,
nem os de lá passar para nós.”. (Lc 16: 25,26). Assim nem o mínimo de
água lhe foi dado. Porém este condenado não desiste de fazer súplicas e agora
pede algo grandioso. Veja: “Então, replicou: Pai, eu te imploro que o
mandes (Lázaro) à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes
dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.”.
(Lc 16:27,28). Agora ele pede algo extraordinário, ou seja, que alguém dentre
os mortos avise seus irmão sobre a realidade do castigo eterno. Ele quer livrar
a seus irmãos do inferno. Mas também isso não lhe é concedido. Veja: “Respondeu
Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.”. (Lc 16:29). Ele
ainda insiste, mas nada lhe é dado. Dessa forma podemos afirmar que no inferno
não há nenhuma súplica atendida, nenhum bem concedido, nem mesmo o mínimo.
c – No castigo
eterno haverá sofrimento extremo. O Senhor Jesus nos diz: “Mandará o Filho do Homem os seus
anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a
iniqüidade e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de
dentes.”. (Mt 13:41,42). Se como vimos no ponto anterior é fato que
no inferno não há o mínimo bem, a expressão “choro e ranger de dentes” deve implicar em sofrimento extremo. Se
não há a mínima consolação deve haver o total desespero; se não há a mínima
alegria deve haver a extrema tristeza; se não há ao menos uma pequena dose de
paz deve haver absoluta angustia; se não há o mínimo alívio, deve existir a dor
mais intensa jamais sentida por alguém neste mundo. Podemos crer que a pessoa
que mais sofreu nesta vida não passou nem o mínimo do mínimo do que se sofre no
inferno. O castigo eterno é a morte eterna, o que implica na total separação de
Deus. Visto que Deus é o Sumo Bem, não há nenhum bem no inferno, mas o mais
terrível castigo. Que dor, que sofrimento, que angústia extrema deve existir no
inferno. Oh amigo despertemo-nos para esta realidade horrível.
d – O castigo
eterno será totalmente consciente. Lembremos que o rico de Lc 16:19-31 estava
totalmente consciente no inferno. Ele “No inferno, estando em tormentos, levantou
os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.”. Também
estava atormentado na chama por isso pediu água. Além disso, lembrou-se de seus
cinco irmãos. Todos estes fatos nos indicam completa consciência. Aliás, não
seria castigo se não houvesse consciência.
e – O Castigo
de fato é eterno. Apocalipse nos diz: “Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro,
dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua
marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus,
preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e
enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A fumaça do seu
tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia
nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba
a marca do seu nome.”. (Ap 14:9-12). A eternidade do castigo está
ligada a gravidade da ofensa que foi praticada contra Deus. É porque o pecado é
uma horrenda impureza feita em contrariedade a santidade de Deus que o castigo
jamais termina.
Devemos
enfatizar que todos estes castigos, e em especial o inferno, são manifestações
da ira justa de Deus. Não há nenhuma injustiça. Todo aquele que foi confrontado
pala Santidade de Deus em sua Lei reconhece que é merecedor do inferno. Tal
homem sabe que não há nenhuma injustiça da parte de Deus em envia-lo a este
tormento terrível.
C – O desespero
do homem pecador.
Todo o homem
que é exposto a Lei santa de Deus desespera-se de si mesmo. Agora percebe que é
um pecador que merece a condenação. Ele descobre em si mesmo três coisas.
Vejamos:
a – O homem se
vê como completamente impuro ante a pureza absoluta de Deus. Assim sentiu-se
Isaías ante a visão de Deus. Veja:
“No
ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime
trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima
dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus
pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo,
santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases
do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então,
disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito
no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos
Exércitos!”. (Is 6;1-5).
Observe que por
causa de sua impureza Isaías sentiu-se perdido por ter visto a Deus. Ele
percebe que devido a impureza de seus lábios merece perecer. À medida que o
homem conhece a Deus ele percebe que diante da pureza divina manifesta-se a sua
impureza, e tal impureza merece a condenação. Assim, este homem nada vê em si
que o justifique, mas apenas o que o condena diante de Deus. Esta é uma
descoberta aterradora. O homem desespera-se de si mesmo.
b – o homem
descobre que sua justiça é apenas trapo imundo diante da Santidade de Deus.
Leiamos:
“Mas
todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia;
todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos
arrebatam.”. (Is 64:6).
O homem se vê
como completamente impuro, e esta impureza provém de seu coração, afetando
desejos e práticas (Mt 15:16-20). Ele entende que “Enganoso é o coração, mais do que
todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”. (Jr
17:9). Assim agora ele vê que suas justiças, ou seja, todas as suas mais belas
obras, diante de Deus são trapos imundos, porque, por mais que tenham alguma virtude,
todas já vêm manchadas pela impureza do coração sendo, portanto, totalmente
reprovadas diante do Deus Santo como coisas abomináveis, imundas.
c – o homem
descobre que é justo ser condenado por Deus.
Sendo impuro de
coração, e tendo suas melhores obras como trapos imundos, o homem percebe que
Deus é Justo em condená-lo. O homem percebe que não pode resistir diante da
Justiça de Deus. Ele diz com o salmista: “Se observares, SENHOR, iniqüidades, quem,
Senhor, subsistirá?”. (Sl 130:3). Ou ainda: “Não entres em juízo com o teu
servo, porque à tua vista não há justo nenhum vivente.”. (Sl 143:2). O
homem que conhece a Santidade de Deus em sua Lei entende que é condenável
diante de Deus e não ousa discutir com Deus sobre seus direitos, pois sabe
muito bem que não possui direito algum, mas apenas motivos de condenação.
Todos estes
fatos levam o homem ao completo desespero de si mesmo. Por isso Pedro reagiu
assim diante de Cristo, vejam: “Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés
de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador.”. (Lc
5:8). E a Bíblia nos diz ainda: “Os reis da terra, os grandes, os
comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam
nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos:
Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira
do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode
suster-se?”. (Ap 6:15-17). De fato o homem não possui recurso próprio
algum para estar de pé diante do Deus que é absolutamente Santo. Mas graças a Deus
esta não é a Palavra final. Existe o Salvador, o Nosso Senhor Jesus Cristo.
Sobre Ele começaremos a falar no próximo tópico.
Continua...
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Leituras recomendadas para o aprofundamento no assunto:
O Castigo Eterno - A. W. Pink.
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O Castigo Eterno - A. W. Pink.
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Caros amigos, como o propósito do blog é mostrar o que a Bíblia ensina para a nossa edificação espiritual, e não fomentar polêmicas, que tendem a ofensas e discussões infrutíferas, não publicarei comentários deste teor, tão pouco comentários com linguagem desrespeitosa. Grato pela compreensão.