ESTUDO VI - LIÇÕES DO PRIMEIRO CAPÍTULO - Dn 1: 1-21 - Manoel Coelho Jr.


Antes de continuarmos estudando este precioso livro, convém apresentarmos em poucas palavras, algumas lições que aprendemos no estudo do primeiro capítulo, para que se reafirmem em nossa mente. Este capítulo inicial apresenta o contexto histórico do que ocorreu com Daniel, e se torna a base de todo o livro, pois mostra o caminho que o profeta tomou desde o início de sua jornada na Babilônia e que manterá em sua vida. Dessa forma é muito útil reafirmarmos as principais lições do capítulo, o que nos ajudará a entender o resto do livro. Vamos a elas:
1 - O Senhor é Soberano (Versos 1-3, 9).
Deus é Soberano sobre tudo o que ocorre neste capítulo. Há fatores sociais e políticos, é verdade. Há decisões e movimentos de homens poderosos, e de exilados. Mas no final, tudo está no controle absoluto de Deus. É o Senhor quem entrega Jeoiaquim, rei de Judá, juntamente com os utensílios do templo, a Nabucodonosor, rei da Babilônia. Mas também é o Senhor quem abre o coração do chefe dos eunucos para o jovem exilado Daniel, e quem concede-lhe, e a seus companheiros, dons intelectuais e espirituais. Dessa forma o Senhor controla os poderosos reis, mas também os jovens exilados. O Senhor é absolutamente soberano.
2 - O pecado traz o justo juízo de Deus (Versos 1 e 2 e Jr 7: 4-11; 20: 4).
Ao compararmos Daniel com o que diz o livro de Jeremias, concluímos que o pecado de Judá é severamente punido pelo Senhor, quando entrega seu povo a este rei pagão, a Nabucodonosor. O povo tinha o Templo e se fiava nisso, quando ao mesmo tempo servia ídolos e oprimia o próximo. Tudo isso mostra que o pecado é o mal dos males, e traz o justo juízo do Deus Santo.
3 - O Senhor salva por sua graça e fidelidade (Versos 9 e 21).
Mesmo punindo o seu povo, o Senhor não esquece sua aliança, e não o destrói totalmente à Judá, mas mantém os exilados, como Daniel, fazendo com que ache misericórdia diante do chefe dos eunucos (Verso 9 e I Rs 8: 50; Sl 106: 46), e em breve traria o povo de volta à Jerusalém por meio de Ciro (Verso 21). Somente o Senhor pode salvar o homem de seus pecados e maldições, e estes eventos mencionados em Daniel, apontavam para a Salvação que viria plenamente em Cristo na Nova Aliança, em Cristo, o Salvador dos pecadores.
4 - O Senhor chama, cuida e prepara seus servos para usá-los no mundo pagão (Verso 17).
Foi o Senhor quem preservou a vida de Daniel e seus companheiros, em meio àquela calamidade nacional, e foi Ele também quem lhes deu graça para continuarem firmes na fé de seus antepassados, mesmo no exílio babilônico. Da mesma forma, o Senhor os preparou por meio de todos aqueles estudos de três anos, e os encheu de capacidades intelectuais, e a Daniel concedeu o dom de profecia, para usá-los entre aqueles pagãos. O Senhor usa seus servos no mundo incrédulo e idólatra para anunciar seu Santo Nome.
5 - O Senhor usa seus servos no mundo pagão na perspectiva do futuro glorioso (Versos 21).
Daniel e seus companheiros estavam sendo conduzidos por Deus, e poderiam estar certos da vitória do Seu Reino, e de Seu povo. Em breve viria Ciro, e Judá voltaria à Jerusalém. Tal futuro glorioso deveria lhes levar a agir no presente exílio de forma esperançosa em todo o seu serviço. Da mesma forma os servos de hoje estão como num exílio. Este mundo não é o deles. Mas em breve voltarão para sua Pátria, para sua Casa, para Jerusalém Celestial, a casa do Pai (Jo 14). Jesus vai voltar para estabelecer seu Reino Eterno. Assim os seus servos de hoje, devem, como Daniel, continuar servindo esperançosamente no presente exílio.
6 - Os servos de Deus não são contra a cultura em si, mas contra o que há de mal nela, e proclamam a Verdade de Deus à esta cultura (Versos 17-20).
Daniel e seus companheiros aprenderam as letras e a ciência daquela época, e era um conhecimento de uma cultura pagã. Ora, quem lhes ensinou foi um pagão, e quem os testou para saber o que tinham aprendido foi um rei pagão, e eles foram aprovados como excelentes, conforme os dons que Deus mesmo lhes deu. Isso mostra que há coisas boas mesmo numa cultura pagã. A graça comum está no mundo pagão. Assim, não devem os servos de Deus desprezar as manifestações desta graça nos conhecimentos produzidos, mas ao contrário, devem aprendê-los e destacar-se neles, como honra ao Senhor que concede todas estas bênçãos. No entanto, aqueles jovens resistiram às iguarias do rei e aos seus ídolos. Dessa forma, o que se deve desprezar é o pecado, a idolatria, mas não o conhecimento útil. Por outro lado, aqueles jovens glorificavam a Deus naquela cultura pagã por serem excelentes, anunciando-O nisso, e nos capítulos posteriores veremos que eles proclamarão o Deus Vivo em palavras e atos de fidelidade. A conclusão é que: Os servos de Deus não devem ser contra a cultura em si, mas contra o que há de mal nela, isto é, o pecado, e devem também proclamar a Verdade de Deus à mesma cultura. Cristo deve ser anunciado hoje.
Estas são as lições, que penso, são fundamentais no capítulo, fundamentais para entendermos todo o livro. Medite nelas em oração, e aplique-as à sua vida. O Senhor lhe abençoe nisso! Amém!
*Esboço do sermão do Culto Público de 10 de setembro de 2023.
Venha ouvir estas exposições em nossos cultos de domingo às 19h.
IGREJA BATISTA REFORMADA DO TAPANÃ. Conjunto Tapajós, Rua Búzios, Número 35, Bairro do Tapanã em Belém do Pará.

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