Estudo 1: O Evangelho - Perguntas essenciais - Vídeo* e texto - Manoel Coelho Jr.
Baixe o Mp3 clicando aqui.
Baixe o PDF clicando aqui.
*Estudo da noite de quarta, 14 de agosto de 2013, na Congregação Batista Reformada em Belém. Confira o texto abaixo.
Desejo com esta breve série
proclamar o grandioso Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Gostaria (e oro a
Deus para que assim seja) que este estudo servisse tanto àqueles que precisam
de conversão, como a meus irmãos em Cristo que procuram uma forma simples de
anunciar o Evangelho a seus próximos. O Evangelho é a Boa nova de Deus a nós.
Isso indica que há algo de muito grave com a humanidade. O Evangelho apresenta
com toda a clareza esta gravidade chamando-a de pecado. Mas também apresenta a solução Única em
Cristo Jesus. Quero dividir minha apresentação nos seguintes pontos:
A – Perguntas essenciais. Este é
o assunto do presente capítulo, quando tratarei das questões mais importantes da
vida.
B – O Conteúdo do Evangelho.
Nesta parte olharei para a mensagem essencial do Evangelho.
C – O Evangelho é a resposta. Aqui
procurarei demostrar que apenas o Evangelho responde as questões essenciais.
Vamos assim pensar nas questões
essenciais. Trata-se de questões das quais nenhum ser humano pode escapar, e
mais cedo ou mais tarde terá que responder. Elas nos questionam sobre os
fundamentos da vida, pois nos fazem olhar para o sentido e propósito de nossa
existência. Outra coisa importante é que estas questões estão ligadas umas as
outras, de forma que a resposta à primeira necessariamente determinará a
resposta às demais. Mas quais são as questões afinal? São as seguintes: Existe
Deus? Qual o sentido da vida? Como posso ser feliz? Por que o mundo é como é? O
que vem depois da morte? Se meu leitor pensar com profundidade sobre elas
notará que nada é mais importante que respondê-las com precisão. Muitas vezes
os homens estão bem preocupados em ter uma boa casa, um bom carro, uma família
bem estruturada e assim por diante. Porém não observam que estas coisas não os
levam a essência da vida, pois não respondem afinal sobre o propósito mais
básico da existência deles. Quero defender que você precisa encarar a realidade
que a essência da vida gira em torno da crença ou não em Deus. Tudo começa com
Deus. É o que pretendo mostrar quando olhar para as questões propriamente
ditas. Mas agora já lhe lembro o que Cristo nos recomendou como a coisa
principal. Observe:
“buscai, pois, em primeiro lugar,
o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
Mt 6:33.
Jesus estava falando de roupas,
comida, e bebida como acréscimos e o Reino de Deus como principal. Evidentemente
que nossa sociedade não concordaria com isso, pois muitos vivem para acumular
estas coisas, enquanto que Deus nem mesmo passa em seus pensamentos. Todavia
Cristo mostra que nosso relacionamento com Deus é o fator mais importante.
Acredito que as Escrituras nos deixam claro que é assim pelo fato de ser Deus
quem Ele é. Noutra parte a Bíblia nos fala assim:
“O filho honra o pai, e o servo,
ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor,
onde está o respeito para comigo? - diz o SENHOR dos Exércitos a vós outros, ó
sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu
nome?” Ml 1: 6.
Fica claro que a pessoa, ou
posição que ocupa, determina o tratamento que lhe deve ser dado. Um filho deve
honrar seu pai pelo simples fato de aquele homem ser quem é, ou seja, seu pai. Um
servo deve honrar seu senhor pelo mesmo motivo, pela posição que o senhor
ocupa. E quanto a Deus? O argumento é mesmíssimo. Assim, se Deus é Deus devemos
honrá-lo por Ele ser quem é. Ora, Deus é Deus e nada mais é Deus. A questão é:
Ele é nosso Deus, ou nosso deus é nossa roupa, comida e bebida? Dessa forma
estou tentando mostrar que tudo começa sobre o que pensamos de Deus, e o que
pensamos sobre Deus determina o resto. Minha tentativa, então, é levá-lo em
primeiro lugar a pensar sobre Deus. O
que você pensa de Deus? Quem é Deus para você? Você o trata de forma
correspondente ao que Ele é? Mas vamos as questões para que fique mais claro o
que procuro dizer.
1 – Existe Deus?
Você crê que Deus existe? Observe
o seguinte: A crença na existência de Deus vem intimamente ligada à crença na
criação por parte do mesmo Deus. Um homem que crê em Deus evidentemente também
crerá que todo o universo de alguma maneira deve sua existência a Deus. Mas um
homem que não crê em Deus jamais poderá raciocinar dessa forma. Ele terá que
achar outra resposta para a questão: Qual o origem do universo? Ele terá que
crer que seja o que for que tenha acontecido, ocorreu sem uma mente
organizadora, pois para ele Deus não existe. Daí que a crença ou não em Deus é
a mais importante questão. Porém, as coisas ficarão mais claras no ponto
seguinte.
2 – Qual o sentido da vida?
Na minha introdução afirmei que
estas questões estão ligadas umas as outras, de forma que a resposta à primeira
necessariamente determinará a resposta às demais. Agora posso demostrar porque
assim digo. Se você crê em Deus, crerá num Criador e consequentemente num
propósito para a Criação. Tudo encontra um sentido se Deus existe. É como
olharmos uma cadeira. Nós imediatamente concluiremos que alguém a fez. Mas não
é só isso. Também imediatamente concluiremos que ela foi feita com um propósito
bem definido, isto é, ela foi planejada para que nos sirva de assento. Projeto,
fabricação e propósito são coisas que andam juntas. Não há propósito sem um
planejamento e não há serventia alguma num projeto que não se transforma em
algo concreto pela fabricação. Mas não há projeto, nem fabricação, nem tão
pouco propósito se não houver um projetista. Sem alguém que planeje nada há.
Nós que somos teístas, ou seja, que cremos na existência de Deus, entendemos
que não há criação sem Criador. Note que chamamos o que existe de criação e não
meramente de natureza. Já os ateístas tentam crer (e isto de fato é um salto no
escuro) que deve haver alguma outra explicação para o universo que não seja
Deus. Mas com isso eles caem em uma completa falta de sentido e propósito para
o Universo. Ora, não há sentido sem um projeto, e não há projeto sem um
projetista. Você percebe? Conclusão: Se Deus não existe nada tem sentido. Isso
é inevitável. Mas a Bíblia afirma que há um sentido, pois Deus criou todas as
coisas com um proposito bem definido. Veja:
“a todos os que são chamados pelo
meu nome, e os que criei para minha glória, e que formei, e fiz.” Is
43:7.
“Portanto, quer comais, quer
bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.”
I Co 10:31.
“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber
a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa
da tua vontade vieram a existir e foram criadas.”. Ap 4:11.
Assim é que tudo existe para a
glória de Deus, inclusive você, meu leitor. O Ensino das Escrituras é que Deus
criou todas as coisas para expressar sua glória, não que Ele se torne mais
glorioso nisso, mas que a glória Dele resplandece na criação. É como a luz do
Sol refletida pela Lua. O Sol não se torna mais luminoso por causa disso, mas
podemos conhecer algo de sua luz pela Lua. Dessa forma Deus é cheio de Glória
Santa, Pura e Perfeita, e esta glória se reflete na Criação. Amigo, você foi
criado para a glória de Deus. Porém isso só ocorre de maneira apropriada e
benéfica para sua alma quando Deus é seu Deus. Percebe? Mas se não cremos em
Deus o que resta? Onde acharemos sentido para nossa existência? O fato é que neste
caso nada tem sentido e seremos forçados ou ao desespero total, entregando-nos
então a uma vida de entretenimento anestesiante e vão, ou tentaremos fabricar
um sentido, o que não passará de ilusão que logo, logo decepcionará. Assim a
maioria das pessoas vive hoje. Não é este seu caso?
3 – Como posso ser feliz?
A felicidade é algo buscado por
todas as pessoas. Você não encontrará ninguém em seu juízo normal que queira
ser infeliz. No entanto a maioria das pessoas lamentavelmente tenta encontrar a
fonte de felicidade sem avaliar com cuidado as questões que já tratamos nos
pontos anteriores. O que quero dizer que a maioria das pessoas tenta encontrar
a felicidade diretamente sem compreender que antes de pensar na felicidade
precisa necessariamente pensar em Deus. Assim afirmo pelo o que já observamos
até aqui. As pessoas querem se sentir felizes sem pensar seriamente sobre o
propósito e sentido de suas vidas. Mas para que isso ocorra elas precisam
tratar da questão primordial, que como já vimos é: O que penso sobre Deus? Mas
elas não se dispõem a isso e mesmo assim querem ser felizes. Porém, isso não
dará certo nunca e qualquer felicidade alcançada desta forma será ilusória.
Permita-me que eu explique melhor. Quando uma pessoa encontra o sentido real de
sua vida e passa a viver de maneira correspondente a ele, naturalmente
encontrará um senso de realização e felicidade verdadeiro. Assim a felicidade
depende de encontrarmos e vivermos com sentido. Dessa forma alguém que não crê
em Deus jamais terá felicidade verdadeira, visto que, como já vimos, só há
sentido para o universo e para nós mesmos quando cremos em Deus que criou todas
as coisas. Assim é que a Bíblia afirma que a alegria verdadeira está em
servirmos a Deus. Observe:
“Há muitos que dizem: Quem nos
dará a conhecer o bem? SENHOR, levanta sobre nós a luz do teu rosto. Mais
alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de
cereal e de vinho.” Sl 4:6, 7.
“Tu me farás ver os caminhos da
vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias
perpetuamente.” Sl 16:11.
“Eu, porém, cantarei a tua força;
pela manhã louvarei com alegria a tua misericórdia; pois tu me tens sido alto
refúgio e proteção no dia da minha angústia.” Sl 59:16.
“Mas o fruto do Espírito é: amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,” Gl
5:22.
“para que, uma vez confirmado o
valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado
por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a
quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais
com alegria indizível e cheia de glória,” I Pe 1: 7,8.
Além destes textos o Salmo 96 nos
mostra que a glória de Deus na criação produz alegria verdadeira. Note:
“Cantai ao SENHOR, bendizei o seu
nome; proclamai a sua salvação, dia após dia. Anunciai entre as nações a sua
glória, entre todos os povos, as suas maravilhas. Porque grande é o SENHOR e
mui digno de ser louvado, temível mais que todos os deuses. Porque todos os
deuses dos povos não passam de ídolos; o SENHOR, porém, fez os céus. Glória e
majestade estão diante dele, força e formosura, no seu santuário. Tributai ao
SENHOR, ó famílias dos povos, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao
SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios.
Adorai o SENHOR na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as
terras. Dizei entre as nações: Reina o SENHOR. Ele firmou o mundo para que não
se abale e julga os povos com eqüidade. Alegrem-se os céus, e a terra
exulte; ruja o mar e a sua plenitude. Folgue o campo e tudo o que nele há;
regozijem-se todas as árvores do bosque, na presença do SENHOR, porque vem,
vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a sua
fidelidade.”.
Todavia quando os homens se
afastam de Deus, ou quando não pensam seriamente sobre Ele e ainda assim tentam
encontrar a felicidade, tudo o que terão é uma felicidade fabricada por suas
ilusões. Explicando melhor, um homem pode produzir um falso sentido para sua
vida. Poder ser que ele entenda que ganhar dinheiro seja o motivo de sua
existência, ou talvez ele ache, olhando para algo considerado mais nobre, que sua
existência deve ser gasta em fazer o que chama de “bem” aos outros. Pode ainda
ser que isso lhe dê uma grande satisfação fazendo-o pensar que encontrou a
verdadeira felicidade. Mas tudo isso é falso. E assim afirmo porque ele não
pensou na questão mais essencial conforme já vimos. E a questão é: O que penso
sobre Deus? Deus existe? Se ele não avaliou isto com seriedade então tudo o que
ele chama de sentido de vida não passa de pura ilusão. Poderia ilustrar o caso
com uma criança brincado a beira de um precipício. Ela está muito satisfeita
apesar do grande perigo que corre. O fato é que tal satisfação é baseada não na
verdade, mas na ilusão infantil. O problema grave é que a criança pode perecer,
mas não se dá conta. Assim é com um homem que se satisfaz com um falso
propósito de vida. Ele vive na ilusão e sua felicidade não é real, mas
fabricada. E também está prestes a perecer. Pois, semelhante à criança ele
também vive próximo ao precipício da morte, o que veremos adiante.
4 – Por que o mundo é como é?
Sem dúvida há o mal no mundo.
Negar isso seria negar o que está diante de nossos olhos. Vemos a dor, as
guerras, a fome, as calamidades naturais, a violência, a morte, e por aí vai. Qual
o motivo de tudo isso? Interessante é observar que muitos negam a existência de
Deus baseados na maldade que há no mundo. Eles dizem: “Um Deus bom não pode existir, visto que há tanta maldade no mundo”.
Mas o raciocínio deles é falso. A Bíblia mostra que o fato da existência do mal
não inviabiliza a crença em Deus, mas na verdade a fortalece. O argumento é:
Apenas a existência de Deus pode explicar o que ocorre hoje no mundo. Em Gn 2:
16, 17 a Bíblia nos diz:
“E o SENHOR Deus lhe deu esta
ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres,
certamente morrerás.”.
No primeiro capítulo de Gênesis
Deus vê que tudo o que fizera era muito bom. Veja:
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era
muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.” Gn 1:31.
Temos assim uma explicação para o
mal no mundo: O pecado. Com o pecado o mundo se tornou o que é, ou seja,
repleto de mal. Deus fez um mundo bom, mas os homens se voltaram contra o Bem
Supremo, odiaram o Bem e a Santidade, odiaram a Deus e amaram a morte e
atraíram para si mesmos a justa ira de Deus. Não se iluda meu amigo, o mundo
nunca será bom com o pecado. O salário do pecado é a morte (Rm 6: 23). Crer que
podemos ter um mundo bom com o pecado, ou que podemos melhorá-lo sem tocar no
problema principal que é o pecado é semelhante a crer que veneno me fará bem.
Os homens gostam de acusar a Deus pelos males, mas não se dispõe a reconhecer
que eles merecem o mal por serem pecadores. Eles se comportam como criminosos
que odeiam e acusam o juiz quando este lhes confere uma pena que merecem por
seus terríveis crimes. Assim os homens não aceitam o mal no mundo e acusam e
odeiam a Deus quando os trata como réus merecedores de morte. Não aja assim,
meu leitor, mas reconheça o pecado na humanidade e principalmente seu próprio
pecado contra Deus. Reconheça que você é culpado e merecedor da ira de Deus.
Isso é duro, não é mesmo? Mas é a verdade. Mas para concluir esse ponto
enfatizo que só a fé em Deus explica o mundo ser como é. O mal está presente
porque existe um Deus que foi afrontado pelo pecado da humanidade. Os homens
não têm vivido para Deus, não têm vivido para sua glória, que é o verdadeiro
sentido de suas vidas. Você percebe? Mas se não cremos em Deus não há como
explicarmos o mal presente. Na verdade nada terá sentido.
5 – O que vem depois da morte?
Este é o grande dilema dos
homens, ou seja, a morte. Vivemos em uma cultura que faz tudo para esquecer a
morte. O progresso da medicina, o aumento da tecnologia, a ascensão econômica de muitos, as novas mídias, o entretenimento,
enfim todas estas coisas e muitas outras fazem os homens esquecerem que vão
morrer. Há até os que claramente afirmam que chegará o tempo em que a morte
será banida. Mas o fato inegável diante de nossos olhos é que todos morrem e
nós também morreremos. Chegará a hora, meu caro leitor, que você e eu teremos
que partir deste mundo. Assim é necessário pensarmos na morte. A Bíblia nos diz:
“Melhor é ir à casa onde há luto
do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens;
e os vivos que o tomem em consideração.” Ec 7:2.
De fato precisamos pensar que todos teremos
aquele fim, e não devemos nos distrair com os banquetes. Lembre: Você vai
morrer! Dessa forma a questão essencial que se levanta é: O que vem depois da
morte? Os ateístas tentam se satisfazer em responder que após a morte tudo
termina. Esta é uma resposta muito tentadora, pois livra os homens de encararem
a realidade de um Juízo Finar diante de Deus. Mas dizer que tudo termina com a
morte é tão somente a consequência natural do pensamento ateísta. Se não creem
em Deus nada têm sentido nem mesmo os homens. Estes passam a ser um nada, tendo
se originado no nada, e que acabarão no nada. Que coisa triste é este
pensamento. Que nulidade será a vida se este for o caso. Na verdade não é
possível que tal pensamento satisfaça realmente a alguém. Para que isso ocorra
é preciso afogar demais a própria consciência.
Mas há outro aspecto que mostra a
monstruosidade de tal pensamento. Se não há Deus e não há Juízo Final imposto
por este Deus, isto implica que também não há padrão algum para a moralidade e
a ética. Deus como ser pessoal Criador de todas as coisas é devido a isso o que
estabelece o certo e o errado por sua Lei. Esta Lei Moral está, segundo as
Escrituras, nos Dez mandamentos e foi implantada na consciência dos homens
(Leia Ex 20 e Rm 2:1-16). O Juízo será o chamado a prestação de contas a esse
Supremo Juiz. Mas se não há Deus, não há um Padrão, não há Lei, não há Juízo.
Neste caso onde encontraremos o Padrão? Por exemplo, Como saberemos que matar é
errado?
Outra coisa, os assassinos ao
longo da história tem tentado justificar seus crimes terríveis. Mas eles não
são o padrão. Estes criminosos não devem julgar a si mesmos, mas sim devem ser julgados
por um padrão acima e independente deles. Do contrário eles sempre se livrarão
da pena, visto que isso lhes convém. Mas este padrão não pode nem mesmo ser
posto sobre o juiz humano ou sobre os jurados. Estes também têm de julgar por
um padrão acima e independente deles, pois pode ocorrer que um deles, ou até mesmo
todos, estejam de alguma forma comprometidos com o assassinato cometido. O que
a Bíblia mostra é que nossa consciência é independente de nós mesmos, pois é
uma versão implantada por Deus em nós de sua Lei Moral. Por isso é que mesmo
que não queiramos aceitar ou ouvir, ainda assim ela aponta para nós e nos chama
de culpados quando cometemos algo errado. Você nunca experimentou esta
realidade?
Tudo isso mostra que se não há
Deus, também não há padrão algum de justiça. Nunca poderemos saber se uma coisa
realmente é certa ou errada. Acaso um homem será o Padrão ou um grupo, ou mesmo
uma sociedade? Isso não será possível
visto que interesses particulares influenciarão o julgamento. Temos assim duas
terríveis consequências do ateísmo para as questões de justiça, ética e
moralidade:
A – Destrói-se qualquer Padrão
Absoluto, pois se não há Deus, não há Criador, não há Lei Divina, e não há
prestação de contas no Juízo Final.
B – Abre-se a perigosíssima
possibilidade que uma pessoa, um grupo, ou mesmo uma cultura dominante
estabeleça o Padrão, o que evidentemente vai beneficiar os determinadores do “padrão”
prejudicando os demais.
O fato que a história deixa bem
evidente é que à medida que os homens se afastam da crença em Deus crimes
terríveis vão sendo justificados. Isso não é de se admirar, pois se Deus não é
crido sua Lei é abandonada e tudo se torna relativo. Pense nisso e cuide de não matar sua consciência,
pois à medida que um homem se afasta de Deus também mata a própria consciência
tornando-se cada vez mais insensível ao mal. Cuidado!
Mas o que vem depois da morte? A
Bíblia nos diz:
“E, assim como aos homens está
ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo,” Hb 9:27.
Todo o homem será julgado e sem a
graça de Deus todos seriam condenados, pois todos pecaram, todos se rebelaram
contra Deus e não vivem para o que foram criados, isto é, a glória de Deus,
todos são miseráveis e infelizes pecadores que merecem a condenação eterna,
inclusive você, meu leitor, se ainda não creu em Cristo. De fato apenas Cristo
pode salvar. Mas este é o assunto da segunda parte deste nosso estudo.
Para encerrar desejo aplicar tudo
o que venho lhe falando com a seguinte pergunta: Você crê em Deus ou é um
ateísta? É possível que você me diga: “Não
sou um ateísta de forma alguma, pois acredito que Deus existe”. Mas não se
precipite com esta resposta. Há um ateísmo muito mais perigoso e sutil que o
ateísmo que normalmente conhecemos. O que em geral chamamos por este nome é
aquele da pessoa que diz claramente que não crê na existência de Deus. Esta é
uma posição, que por todos os motivos que apresentei, é muito lamentável. Mas
há o que podemos chamar de “ateísmo prático”. Ele se manifesta assim: Alguém
diz que Deus existe, mas vive como se não existisse. Ela diz que Deus existe,
mas o “deus” dela é outro. Ela diz que Deus existe, mas não trata Deus como
Deus. No seu coração, nos seus desejos, e na sua prática Deus não é Deus. Ela não
vive para a glória de Deus, mas vive dando glória a outra pessoa ou coisa. Este
é um ateu prático. É como alguém que diz:
“Esta criança é meu filho”. Mas o
mesmo que assim afirma não visita a criança, não a educa, não a sustenta, mas a
abandona totalmente. Ele esta dizendo com sua prática que aquela criança não é
seu filho. Você percebe o que quero dizer? Assim muitos fazem com Deus. Dizem
que creem Nele, mas seu teísmo é puramente teórico, não funciona. Na verdade na
prática é um ateu. Para eles na verdade
Deus não existe. Não será este seu caso. Pense com calma: Você ama a Deus? Você
o serve? Você o obedece? Você ama sua Palavra nas Escrituras? Se não você é um
ateu. Neste caso há terríveis implicações contra você, pois está respondendo àquelas
perguntas da seguinte forma:
A – Existe Deus?
Você: Não creio que Ele realmente exista, pois vivo como se não existisse.
B – Qual o sentido da vida?
Você: A minha vida não tem sentido, pois não tenho vivido para a glória de
Deus.
C – Como posso ser feliz?
Você: Seria feliz se vivesse para a glória de Deus. Mas da forma em que vivo,
não passo de um infeliz que experimenta seus dias de forma absolutamente vã.
D – Por que o mundo é como é?
Você: Porque eu com toda a raça humana temos vivido contra Deus em pecado.
E – O que vem depois da morte?
Você: Se continuar como estou cairei imediatamente no inferno, e no Juízo
Final serei condenado, visto que passo minha vida afrontando ao Deus que me
criou.
Amigo, pense nestas coisas
seriamente. Mas não desejo leva-lo ao desespero total. Há esperança na obra de
Deus em Cristo. Este é o Evangelho. Louvado seja Deus que decidiu salvar seu povo
em Cristo. Este será nosso próximo assunto. Amém!
Pode ser copiado e distribuído livremente, desde que indicada a fonte, a autoria, e o conteúdo não seja modificado!
Leitura relacionada:

Comentários
Postar um comentário
Caros amigos, como o propósito do blog é mostrar o que a Bíblia ensina para a nossa edificação espiritual, e não fomentar polêmicas, que tendem a ofensas e discussões infrutíferas, não publicarei comentários deste teor, tão pouco comentários com linguagem desrespeitosa. Grato pela compreensão.