As “novas revelações” produzem meninos espirituais!
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” (EF 4:11-16).
Tenho observado ao longo dos anos que aqueles que aceitam alguma revelação extra-Bíblia sempre manifestam uma “meninice” espiritual. Tais pessoas mostram em suas palavras e obras que conhecem muito pouco do verdadeiro Deus, quando conhecem algo, e que este pouco conhecimento não dá sinais de progresso algum, mas, ao contrário, de um afastamento gradual e perigoso da Verdade do Evangelho. Porém a experiência a respeito disto apenas demonstra o que a própria Escritura Sagrada afirma.
Tenho observado ao longo dos anos que aqueles que aceitam alguma revelação extra-Bíblia sempre manifestam uma “meninice” espiritual. Tais pessoas mostram em suas palavras e obras que conhecem muito pouco do verdadeiro Deus, quando conhecem algo, e que este pouco conhecimento não dá sinais de progresso algum, mas, ao contrário, de um afastamento gradual e perigoso da Verdade do Evangelho. Porém a experiência a respeito disto apenas demonstra o que a própria Escritura Sagrada afirma.
O fato é que aceitar “revelações novas” é o mesmo que pensar em conhecer alguém sem nunca tê-lo ouvido, sem nunca ter conversado com ele. Muitos estão assim: Pensam que são profundos conhecedores de Deus, no entanto nunca o ouvem falar pelas Escrituras, mas correm atrás de palavras que de forma alguma Ele falou, correm atrás de “novas revelações”, que na verdade não passam de falsas revelações. A conseqüência é uma ilusão, uma fantasia, uma tolice própria de menino. Eles são “meninos” no entendimento de Deus e de sua vontade para suas vidas. Diante disso façamos uma breve comparação entre as características de um menino e as de um adulto, aplicando-as a vida espiritual, dando no final a única solução real para o problema.
1 – Meninos são inconstantes enquanto que adultos são firmes:
Uma criança não sabe o que quer. Agora quer um brinquedo e chora por ele, mas poucos segundos depois deseja outro. Hoje quer muito participar de um passeio, mas se lhe for apresentado algo mais interessante mudará imediatamente de idéia. Adultos não são assim. Eles mantêm firmeza em seus propósitos.
Quando uma pessoa dá atenção as “novas revelações” e não a Bíblia, ela não conhece a Deus e a sua vontade para sua vida. Esta pessoa não tem conhecimento dos objetivos que Deus ordena nas Escrituras para que os homens busquem alcançar. A vontade de Deus é firme (Sl 19:7). Deus não muda de idéia aconselhando-nos nas Escrituras uma coisa agora e outra diferente momentos depois. Deus não diz, por exemplo, que não devemos ser desonestos para daqui a pouco abrir alguma concessão. Mas quem não ouve a Bíblia estará construindo em terrenos frágeis. Uma das características das “Novas Revelações” é que são mutáveis. Como são falsas, a origem delas não está no Deus imutável, mas nas motivações carnais dos falsos profetas. Tais pessoas presumem (quando presumem) que Deus falou com elas, mas na verdade o que falou foi seu próprio coração pecaminoso (Jr 14:14 e 17:9).
Ora, o coração dos homens é inconstante (Sl 78:8, Tg 1:8). “Profecias” assim não são firmes, mas mudam de acordo com as circunstancias e desejos do “profeta” e do ouvinte. Certe vez ouvi um homem dizer: “Deus me mandou ser membro desta igreja”. No entanto ele já havia dito isso de outra igreja. Que inconstância, não? Além disso, blasfema, por usar o Nome de Deus em vão. Mas a “inconstância” é uma “constante” na vida destas pessoas. Por isso afirmo: são meninos espirituais.
2 – Meninos são influenciáveis, enquanto que adultos tomam o controle de si mesmos:
Crianças são altamente propensas a serem manipuladas. Devido a sua inocência infantil, acreditam em qualquer promessa atrativa. Podem cair em conversas de pessoas perigosas que procuram aproveitar-se delas ou fazer-lhes qualquer mal. É por isso que precisam de um adulto para protegê-las. E é assim porque os adultos são diferentes, ou seja, podem guiar a si próprios, cuidar de si próprios. Adultos não caem em conversas que facilmente enganam crianças. É muito mais fácil uma pessoa manipular uma criança que fazer o mesmo com um adulto. O adulto possui maturidade, discernimento , o que o leva a ter o controle de si mesmo, não seguindo outra pessoa que quer lhe fazer o mal.
Na área espiritual acontece algo semelhante. Devido a muitas pessoas não se apegarem a Rocha Fiel, a Luz Verdadeira de Cristo nas Sagradas Escrituras como única regra de fé e prática, ficam a mercê dos manipuladores espirituais. Como “meninos espirituais”, por estarem em trevas, acreditam que o “branco” é “preto”, e que o “preto” é “branco”, pois são levadas pelo que os manipuladores dizem a elas. Tais pobres “crianças” são dominadas por seus “orientadores”, que as tratam como bem querem com o propósito de satisfazerem seus caprichos mais egoístas. Dão a eles seu dinheiro, seus bens, suas famílias, sua “fé”, seus corações, suas almas.
O fim de tudo isso é o inferno. São como pobres crianças levadas por pedófilos assassinos que lhes atraem com doces e brincadeiras. Sim, pobres são estas almas que levadas por seus “orientadores espirituais” seguem em direção a morte eterna achando que estão indo ao encontro da Vida Eterna. É preciso alertar estas “crianças” para que não continuem seguindo estes “pedófilos espirituais”. Mas infelizmente muitos continuarão a acreditar nas falsas promessas, e tudo porque não investigam suas Bíblias nem ouvem os verdadeiros pregadores da justiça que só anunciam o que está escrito. Muitos continuarão “meninos”, continuarão influenciáveis, influenciáveis, influenciáveis (Is 8:19-22). Que pena!
Mas aqueles que se agarram a Verdade Bíblica como única regra de fé e prática são aptos a discernir as artimanhas dos falsos pregadores. É assim porque possuem a luz da Palavra, possuem entendimento de adulto. Estes não caem em qualquer conversa. Logo eles percebem que um ensino é falso, visto que tais ensinos não seguem as Escrituras que eles conhecem (Ef 4:13-15).
3 – Meninos são egocêntricos enquanto que adultos são altruístas:
Crianças vivem para si. Querem, querem, e querem! Não tem disposição, e nem podem satisfazer a outros. Já os adultos estão aptos para cuidar das crianças, e de fato fazem (ou deveriam fazer) isso. Adultos amam seus filhos, por isso cuidam deles e se dispõem a grandes sacrifícios por eles.
Aqueles que não seguem a Bíblia como suficiente Palavra de Deus são também levados a algo semelhante. Eles não conhecem a Deus, não conhecem seu amor. Nada entendem sobre o amor de Deus por nós, sobre nosso amor a Deus, e sobre nosso amor aos irmãos. Estas três coisas andam juntas, e as descobrimos à medida que Deus fala conosco nas Escrituras, à medida que por elas, as Escrituras, Ele revela a nós seu amor em Cristo (I Jo 4:7-5:5)! Aqueles que se apegam as Escrituras como suficientes, passam a conhecer o amor de Deus, e assim amam a Deus e ao próximo. São como adultos que amam e cuidam de seus filhos! Eles se dispõem a dar suas vidas pelos irmãos, sacrificam-se por eles, pois seu amor é prático e não da boca para fora (I Jo 3:11-24).
“Meninos espirituais” não são assim. Eles querem, querem, e querem. Querem riqueza, saúde e soluções de problemas na família. Mas sacrificar-se pelos outros? Não, não, isso eles não querem! E morrer por Cristo como os antigos cristãos? Isso também não querem! O que eles querem é a satisfação de todos os seus desejos egoístas, mas satisfazer os outros eles não querem. Tais “meninos” são o que as “novas revelações” têm produzido.
4 – Meninos choram, enquanto que os adultos consolam:
Crianças choram! Choram porque caiu o brinquedo, ou porque a mãe se afastou um pouquinho. Por motivos mais banais eles “abrem o berreiro”. É assim porque eles não entendem as coisas. Ora, são crianças! Já os adultos não choram a toa. Aliás, os adultos é que consolam as crianças.
De forma semelhante, aqueles que seguem outras “revelações” acabam caindo em uma crescente falta de entendimento a respeito de Deus, visto que é apenas pela Bíblia que realmente o conhecemos. Eles não crêem e não aceitam a soberania divina conforme nos mostra a Bíblia. Eles estariam dispostos a manipular a Deus se o pudessem, mas não aceitam o controle absoluto do Rei dos reis. Por isso, se as coisas não saem como planejam, eles se desesperam e choram. Eles também são rápidos em murmurar e cair em amargura contínua.
Pessoas que conhecem a Deus pela Bíblia não são assim. Elas se tornam adultas no entendimento de que Deus é absolutamente soberano. Crêem que tudo ocorre no decreto de Deus, e é feito para sua glória, para o bem dos seus, e juízo dos ímpios (Jr 50:45, Sl 139:16, Rm 11:33-36, Rm 8:28-30, Jr 51:13). Estes pode se alegrar até em sofrimentos e ainda consolar aos outros (Jó 1:20-22, 2:8-10, Fp 4:4). Estes crêem e se submetem ao Deus Soberano. Só “adultos espirituais” agem assim. Já os “meninos” só lamentam, choram, e caem em desespero. Ora, são meninos, pois seguem “novas revelações” que apresentam uma visão falsa de quem é Deus. Para eles Deus é manipulável. Quando descobrem pela experiência que não é assim, e isso mais cedo ou mais tarde irá acontecer, acabam caindo em desespero.
5 – Meninos crêem em fantasias, enquanto que os adultos se apegam a realidade:
Crianças conseguem acreditar em personagens fictícios como “duendes” e “Papai Noel”. Já os adultos rejeitam estas crenças e se apegam ao real, ao factual. As crianças crêem em fantasias devido ao pouco entendimento que possuem da diferença entre o real e o imaginário. Quando se tornam adultas elas conseguem fazer esta diferença. Assim o adulto possui esta “luz”.
Na área espiritual é o mesmo que ocorre. Meninos espirituais não possuem muito da luz única: A Bíblia (Sl 119: 97-105). Em vez disso eles se deixam levar por ditas “luzes” oferecidas por falsos profetas em suas “novas revelações”. Estas “luzes” na verdade não passam de lâmpadas queimadas. Para nada servem, pois mantêm as pessoas na ignorância de Deus e as afundam em terríveis fantasias. Porém o Evangelho Verdadeiro, que é segundo a Bíblia, liberta de toda esta ilusão de menino e leva os homens a uma compreensão adulta da realidade espiritual (At 19:23-29)!
6 – A solução:
Qual a solução para esta meninice espiritual? A resposta óbvia é: Crer que a Bíblia é suficiente e que hoje não existem “novas revelações”, e por conseqüência, abandonar estas “novas revelações”, e voltar-se para a Bíblia como única regra de fé e prática. Cito a seguir parte de meu comentário ao primeiro parágrafo do Capítulo primeiro da Confissão de Fé Batista de 1689, por ser apropriada para o momento:
“A Bíblia e só a Bíblia pode nos tornar sábios para a Salvação em Cristo (Leia: I Tm 3:15-16). E é assim porque somente nela está a mensagem que nos leva a termos fé em Cristo, o Salvador que morreu em nosso lugar. Ela foi inspirada por Deus, ou seja, é a sua Palavra e é útil para nos ensinar e mostrar como deve ser a nossa prática como salvos, como cristãos. Nela está “toda boa obra” que Deus quer ver em nós. Para a pergunta do cristão: Onde posso encontrar a vontade de Deus para minha vida? Respondemos: Na Escritura Sagrada.
Não podemos aceitar outro guia para encontrar a salvação (Leia: Is 8:19-22). Todos os outros caminhos são tolos, enganosos e inúteis. Por isso declaramos “À Lei e ao Testemunho”. Aqueles que abandonam a Bíblia não verão a Luz do Senhor, não encontrarão a sua Salvação, mas acabarão por se afastar de Deus, cair em desespero, e até a arrogantemente amaldiçoar ao Senhor em vez de se humilharem diante dele.
Nada a não ser a Palavra de Deus na Bíblia pode convencer alguém a respeito do Caminho da Salvação (Leia: Lc 16:29-31). Nem mesmo se um morto ressuscitasse e tentasse convencê-lo iria alcançar êxito. Só a Bíblia é usada por Deus para nos convencer de nosso pecado e do meio da Salvação em Cristo. Os apóstolos e profetas escreveram a Bíblia (Leia: Ef 2:20). Por isso se diz que eles são o fundamento, pois receberam de Deus a revelação e a escreveram. A pedra principal desse fundamento é Cristo. Cristo é o assunto central das Escrituras, pois Nele Deus se revela como Misericordioso Salvador de seu povo. Só a Bíblia traz esta mensagem. Só por ela encontramos o Salvador.”Para acessar o comentário na íntegra clique aqui.
Devemos também regatar a guarda do Dia do Senhor (Domingo), como um período de deleite em que nos dedicamos a conhecer a Deus pelas Escrituras (Is 58:13-14).
Amigo, volte-se para a Bíblia abandone as “novas revelações” e deixe de ser menino! Que assim seja para o seu próprio bem, e acima de tudo para a glória do Deus Soberano. Amém!
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Leitura recomendada: Sola Scriptura - A Doutrina Reformada das Escrituras
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Caros amigos, como o propósito do blog é mostrar o que a Bíblia ensina para a nossa edificação espiritual, e não fomentar polêmicas, que tendem a ofensas e discussões infrutíferas, não publicarei comentários deste teor, tão pouco comentários com linguagem desrespeitosa. Grato pela compreensão.