Livro Completo: Contra o Arminianismo e Seu Ídolo Pelagiano, o Livre-Arbítrio - John Owen.
Baixe gratuitamente o
E-book “Contra o Arminianismo e Seu Ídolo Pelagiano, o Livre-Arbítrio”, por
John Owen, e uma coletânea de excelentes Sermões e Escritos de diversos autores
(Link para baixar gratuitamente no final do texto de apresentação desta
publicação)
Muito nos alegramos
no Senhor por nos conceder fazer mais esta publicação tão solene e importante
para nós, e por meio dela reafirmar nossa luta. Lutamos pela causa de Deus e da
verdade. Trabalhamos e anelamos para sermos constantes no amor e firmes na
doutrina. Estas duas coisas, ao mesmo tempo. Portanto, esta publicação não foi
idealizada como uma luta contra a carne e o sangue, mas contra o erro e a
mentira. Não odiamos as pessoas daqueles a quem nos opomos, muito pelo
contrário, as amamos e por isso combatemos os seus graves erros, buscando
convencer-lhes a se voltarem daqueles para a verdade das Sagradas Escrituras,
como nós mesmos fizemos em um passado recente. Amar de verdade é falar a
verdade.
Ao contrário do que
alguns pensam, nesta obra, Owen trata de um assunto da maior relevância para a
Fé Cristã. Algumas pessoas dizem que é tolice perder tempo com discussões a
respeito de Calvinismo e Arminianismo, pois estas questões não são importantes;
o que é importante mesmo é a salvação das almas e a pregação do Evangelho. As
pessoas que são desta opinião claramente demonstram profunda ignorância tanto
quanto à discussão em si, quanto ao ensino das Escrituras, e o que é o mais
terrível: mostram-se falsamente zelosas por Deus e por Sua glória, posto que
negligenciam em grande medida, a verdade de Deus e a precisão bíblica. É
somente a verdade que capacita qualquer alma a glorificar a Deus. Quando
falamos de Calvinismo e Arminianismo, não estamos falando das próprias ideias
que foram desenvolvidas pelo homem João Calvino ou pelo homem Jacó Armínio,
como se isso fosse um debate entre doutrinas de homens, estamos falando sobre
qual é o verdadeiro ensino das Escrituras Sagradas sobre Deus e a salvação dos
homens. Em outras palavras, estamos buscando responder às perguntas: Quem é
Deus? Como um homem pode ser salvo?
[...]
Parece ser um dos
nossos fardos, viver em uma geração que é marcada pela falta de compromisso com
a sua própria fé, com o conjunto de doutrinas que ela mesma professa ser a
verdade do Deus das Escrituras Sagradas. De fato, poucos estão dispostos a
lutar por aquilo que creem, ou a pagar o alto preço de agir em coerência com
aquilo que afirmam crer, ou a suportar as dolorosíssimas consequências da
constância na luta pela verdade.
Não era assim com
Owen, ele sabia no que cria, e mais ainda, em Quem cria, e estava completamente
disposto e animado pela graça de Deus a lutar pela glória de Cristo e por Sua
Igreja. A Display Of Arminianism (1642) foi a primeira obra publicada daquele
que mais tarde ficaria conhecido como o Príncipe dos Teólogos Puritanos, o
maior teólogo do século XVII, e um dos maiores de todos os tempos. Owen
escreveu a apresente obra quando William Laud, um inimigo da verdade foi
elevado à Sé de Canterbury, e, então, o Arminianismo despontou fortemente em
seu âmbito e todos os cargos eclesiásticos à disposição da Coroa foram
concedidos àqueles que se inclinassem às perspectivas Arminianas. Os seguintes
trechos desta obra nos dão uma ideia do que levou Owen a escrevê-la:
“... nunca houve
tantos erros prodigiosos introduzidos na igreja, com uma mão tão elevada e tão
pouca oposição, como entre nós, desde que a nação dos Cristãos foi conhecida no
mundo...
O fato de nossa
igreja ter ultimamente transferido seu governo para as mãos de homens
contaminados com esse veneno, o Arminianismo, ou tê-los apoiado com poderosos
argumentos de louvor e promoção, os levou a prevalecerem rapidamente lançando a
pobre Verdade sem defesa para um canto. Chegou a hora, então, de todos os
amantes das veredas antigas se oporem a esta inovação que está prevalecendo por
tais meios indignos, antes que a nossa brecha se torne tão grande quanto o mar,
e não haja ninguém que a cure.
Minha intenção neste
fraco esforço (que é apenas a comunicação não digerida de poucas horas não
sequenciais de estudo, muito por causa destes dias malignos e furiosos
constantemente interromperem a sequência dos meus estudos) é apenas agitar os
tais que, tendo mais tempo livre e maiores habilidades, ainda assim não querem
mover um dedo para ajudar a vindicar a verdade oprimida.
[...]
Agora, o que é a paz
na igreja sem a verdade? Toda a conformidade com qualquer outra coisa que se
oponha à verdade é apenas o acordo entre Herodes e Pilatos, para tentar
destruir a Cristo e Seu reino. Também não é esta ou aquela verdade particular,
mas todo o conselho de Deus revelado a nós, sem acrescentar ou diminuir, cujo
recebimento é necessário para tornar a nossa paz firme e estável. Não deve
haver nenhuma indecisão entre Jeová e Baal, Cristo e Anticristo... Uma igreja
não pode envolver em sua comunhão Agostinho e Pelágio, Calvino e Armínio.... O
vínculo sagrado da paz rodeia apenas a unidade daquele Espírito que conduz a
toda a verdade”.
Oh! como carecemos,
nestes tempos maus, desta coragem e deste amor por Cristo e por Sua verdade!
Onde estão os homens, “os amantes das veredas antigas” que “vindicarão a
verdade” em nossos dias?
Nos últimos dois
séculos, embora os ortodoxos não tenham, de forma geral, conseguido preservar e
anunciar fielmente a verdade bíblica das Doutrinas da Graça; por outro lado, os
Pelagianos, os Semi-Pelagianos, os Arminianos e os Molinistas, têm sido
duplamente bem-sucedidos não somente ao preservarem a mentira de suas Doutrinas
Pelagianas do Livre-Arbítrio, mas também ao haverem sido capazes de desenvolver
e potencializar o alcance e perniciosidade de muitos de seus falsos ensinos;
neste empreendimento eles foram ajuda-dos pelos liberais, secularistas, etc.
Eles prometeram avivamento, mas na verdade promoveram a maior secularização das
igrejas jamais vista. O resultado disto é que hoje a mais terrível ignorância
prevalece entre aqueles mesmos que, em sua grande maioria, já não podem mais
ser chamados de evangélicos, pois sequer sabem o que o verdadeiro Evangelho
realmente significa. Pergunte a um dos evangélicos modernos o que significa a
doutrina da justificação pela fé, e você ouvirá as explicações mais absurdas e
grosseiras; em suma, você ouvirá qualquer coisa menos a explicação bíblica do
verdadeiro caráter desta doutrina fundamental da Fé Cristã.
Neste triste cenário,
o Arminianismo que outrora foi considerado uma heresia intolerável no
Cristianismo, agora tem muitos de seus ensinamentos amplamente disseminados no
meio dito evangélico, de modo que a maioria dos que se dizem evangélicos
atualmente creem em muitos dos falsos ensinos Arminianos.
[...] Quero apenas
concluir este prefácio com as solenes palavras do Príncipe dos Pregadores, em
seu sermão de número 2007, Retendo Firmemente a Fé. É uma das mais comoventes
exortações à luta pela fé e pela verdade da “obra substitutiva do Senhor Jesus
Cristo”, do “Pacto Eterno”, das “Doutrinas da Graça”, em suma: “do Evangelho”:
“Antes que eu pudesse
renunciar à minha fé na obra substitutiva do Senhor Jesus Cristo e minha
confiança no Pacto Eterno, em tudo bem ordenado e seguro, eu deveria ter que
ser reduzido ao pó e cada átomo separado deveria ser transformado. Suponha que
as Doutrinas da Graça fossem obliteradas e nossa esperança pudesse ser
removida, o que eles nos dariam no lugar delas — tanto para esta vida ou para a
próxima? Eu nunca vi nada proposto no lugar do Evangelho que fosse digno de
considerar por um segundo. E você?...
[...] O que seria de
nós se nossos pais não a tivessem defendido? Se Confessores, Reformadores,
Mártires e Pactuantes tivessem sido indiferentes ao nome de e à fé em Jesus,
onde estariam as Igrejas de hoje?
Aqui está o dia para
o homem — onde está o homem para o dia? Nós, que temos o Evangelho passado para
nós pelas mãos do mártir não nos atrevemos a brincar com ele, nem sentarmos e
ouvi-lo negado por traidores que fingem amá-lo, mas que interiormente abominam
cada linha dele [...].
[...]
Deus nos conceda
fidelidade para o bem das almas ao nosso redor! Como o mundo será salvo se a
Igreja for falsa ao seu Senhor? Como moveremos as massas se o nosso fundamento
for removido? Se o nosso Evangelho for incerto, o que resta, senão o aumento da
miséria e do desespero?
Permaneçam firmes,
meus amados, em nome de Deus! Eu, o vosso irmão em Cristo, vos suplico para que
permaneçam na Verdade de Deus. Ajam varonilmente, sejam fortes. O Senhor vos
sustente por causa de Jesus. Amém”.
Publicamos esta obra
na esperança de que através dela o Senhor abençoe a muitos dos Seus amados e,
sobretudo, seja glorificado. Amém!
Trecho do Prefácio
Por William Teixeira, EC
...................................................
Eis um esboço deste
Volume:
Prefácio Para A
Presente Edição Em Português
Notas De Tradução
Reflexões Sobre A
Vida E Pensamento De John Owen, Por John Piper
Nota Prévia
Aos Excelentíssimos
Lordes E Senhores Do Comitê Pela Religião
Para O Leitor Cristão
Capítulo 1 • Sobre Os
Dois Principais Fins Almejados Pelos Arminianos, Por Suas Inovações Na Doutrina
Recebida Das Igrejas Reformadas.
Capítulo 2 • Sobre A
Eternidade E Imutabilidade Dos Decretos Do Deus Todo-Poderoso, Negadas E
Atacadas Pelos Arminianos.
Capítulo 3 • Sobre A
Presciência Ou Pré-Conhecimento De Deus, E Como Isso É Questionado E Atacado
Pelos Arminianos.
Capítulo 4 • Sobre A
Providência De Deus Em Governar O Mundo Diversamente, E Como Ele É Rejeitado
Desta Preeminência Pelo Ídolo Arminiano Do Livre-Arbítrio.
Capítulo 5 • Se A
Vontade E O Propósito De Deus Podem Ser Resistidos, E Se Ele Será Frustrado Em
Suas Intenções.
Capítulo 6 • Como
Toda A Doutrina Da Predestinação É Corrompida Pelos Arminianos.
Capítulo 7 • Sobre O
Pecado Original E A Corrupção Da Natureza.
Capítulo 8 • Sobre O
Estado De Adão Antes Da Queda, Ou Sobre A Justiça Original.
Capítulo 9 • Sobre A
Morte De Cristo, E Sobre A Eficácia De Seus Méritos.
Capítulo 10 • Sobre A
Causa Da Fé, Da Graça E Da Justiça.
Capítulo 11 • A
Salvação Pode Ser Obtida Sem O Conhecimento Ou A Fé Em Jesus Cristo?
Capítulo 12 • Sobre O
Livre-Arbítrio, Sua Natureza E Poder.
Capítulo 13 • Sobre O
Poder Do Livre-Arbítrio Em Preparar-Nos Para A Nossa Conversão A Deus.
Capítulo 14 • Sobre A
Nossa Conversão A Deus.
Índice De Citações
Índice De Nomes
***
APÊNDICES
A Soberania De Deus
Na Salvação Dos Homens, Por Jonathan Edwards
O Que É Calvinismo?
Um Ensaio Sobre O
Calvinismo, Patrick Hues Mell
Uma Defesa Do
Calvinismo, Por C. H. Spurgeon
Contra O Arminianismo
E Seu Ídolo Dourado, O Livre-Arbítrio, Por A. Toplady
O Mito Do
Livre-Arbítrio, Por Walter Chantry
Objeções À Soberania
De Deus Respondidas, Por A. W. Pink
Eleição Particular,
Por C. H. Spurgeon
As Doutrinas Da Graça
Não Levam Ao Pecado, Por C. H. Spurgeon
Eleição E Santidade,
Por C. H. Spurgeon
Uma Carta De George
Whitefield A John Wesley Sobre A Doutrina Da Eleição
Referências Da
Biografia E Dos Apêndice
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Caros amigos, como o propósito do blog é mostrar o que a Bíblia ensina para a nossa edificação espiritual, e não fomentar polêmicas, que tendem a ofensas e discussões infrutíferas, não publicarei comentários deste teor, tão pouco comentários com linguagem desrespeitosa. Grato pela compreensão.