O Evangelho é a Resposta - A terrível prisão dos homens (Texto,áudio e vídeo)* - Manoel Coelho Jr.
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“Replicou-lhes Jesus: Em verdade,
em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.” Jo
8:34.
Há uma realidade constatável por
todos nós que é o fato de apenas realizarmos algo com alegria e prazer quando a
nossa vontade o aprova. Podemos até fazer alguma coisa a contragosto, mas para
nós será muito enfadonho, pesado, difícil, e desejaremos logo nos ver livres da
tarefa. Mas o que corresponde a nossa vontade é realmente tão delicioso que até
o tempo nos parece passar rápido. Talvez daí que surja o velho ditado: “Tudo o que é bom dura pouco”.
Isso tem grande relação com o
assunto que trataremos a partir de agora. Já vimos que o pecado é uma profunda
oposição a Deus. Assim é evidente que no pecado os homens não possuem nenhum
prazer em Deus. Muito ao contrário, o que eles querem é se verem livres do
Criador e amam o que Deus abomina. Há um enraizado ódio a Deus e um desejo de
libertar-se de sua Vontade Santa. Naturalmente que isso se constitui a ruína
dos homens, pois em Deus há Vida e Paz. Podemos dizer que os homens no pecado
estão apaixonados pela sua própria miséria e morte. Eles odeiam a vida e amam a
morte. Aí está a prisão deles, a terrível prisão dos homens. Um homem pode ser
livre e andar para onde quiser. No entanto ele é um escravo de si mesmo. Tal
escravidão é “a escravidão da vontade” como diria Martinho Lutero. Um homem
natural sempre escolhe pecar porque ama o pecado e aborrece a santidade. Um
homem natural está preso a si mesmo. Ora, não existe prisão maior que esta.
Para ilustrar, é como alguém que pode correr e sair de uma casa pegando fogo,
mas não o faz porque ama o fogo. Assim são os homens. Eles não querem a Vida
Eterna. Jesus disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter
nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo, não
quereis vir a mim para terdes vida.” Jo 5: 39, 40. Vamos examinar
esta prisão em alguns poucos pontos a seguir.
1 – Os homens não conhecem a Deus.
“Respondeu Faraó: Quem é o SENHOR
para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem
tampouco deixarei ir a Israel.” Ex 5: 2.
A primeira manifestação da prisão
de que quero falar está na ignorância a respeito de Deus. Observe que a palavra
de Faraó é muito instrutiva a respeito desta questão. Faraó recebera uma ordem
direta e clara de Deus através do profeta Moisés. No entanto não se viu nem um
pouco compelido a obedecê-la. E ele nos dá o motivo para isso, ou seja, ele não
conhecia ao Deus que havia dado a ordem. Assim Faraó trata os mensageiros, a
ordem, e Aquele que a enviou com um profundo desdém. Por que obedecer a um
desconhecido? Por que ouvir um desconhecido? Por que amá-lo, honrá-lo,
respeitá-lo? Você percebe? A ignorância
a respeito de Deus torna-se motivo de completo desprezo a Ele. Não se ama quem
não se conhece. Não se respeita um Rei que não é meu Rei, ou que não sei que é
o meu Rei. Dessa forma podemos dizer que a prisão da vontade tem a ver com a
profunda ignorância no coração dos homens a respeito de quem é Deus. Logo,
neste caso, eles elegem outro deus, outro objeto de seu amor. Sabemos da grande
idolatria de Faraó e de todo o Egito. Mas este é o resultado inevitável de não
se conhecer a Deus. A idolatria é amar deuses falsos, porém isso só acontece
pela falta de conhecimento do Deus verdadeiro. Assim os homens vivem e morrem
por futilidades, mas não vivem nem morrem pelo Glorioso Deus.
2 – Os homens não querem conhecer a Deus.
“A ira de Deus se revela do céu
contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela
injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles,
porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o
seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se
reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas
que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo
conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças;
antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o
coração insensato.” Rm 1: 18-21.
A prisão dos homens, esta
terrível escravidão da vontade, está na própria indisposição de se conhecer a
Deus. Os homens nem mesmo querem conhecê-lo. Não é que Deus não esteja se
revelando. Paulo deixa claro que a Criação revela a Deus. Mais adiante em
Romanos no capítulo dois, Paulo nos fala da consciência, que é aquele Padrão da
Lei de Deus implantada em todos nós. No entanto fica também claro em todos
estes textos que os homens decidem ignorar este conhecimento entregando-se a
seus raciocínios loucos. A prisão é esta: Eles não querem conhecer a Deus.
Dessa forma o Evangelho pode ser pregado, a Criação pode manifestar o Criador,
e a consciência pode acusar, mas ainda assim os homens dizem: “Não, eu não quero saber destas coisas e
continuarei ouvindo meus próprios pensamentos e os daqueles que eu concordo e ponto
final”. Que teimosia medonha e fatal, mas é este exatamente o caso dos
homens quando ainda não receberam a graça libertadora de Deus.
3 – Os homens querem ser enganados.
“Há no coração do ímpio a voz da
transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos. Porque a transgressão
o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniqüidade não há de ser
descoberta, nem detestada. As palavras de sua boca são malícia e dolo; abjurou
o discernimento e a prática do bem.” Sl 36: 1-3.
“Vós sois do diabo, que é vosso
pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e
jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere
mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas,
porque eu digo a verdade, não me credes.” Jo 8: 44,45.
Os homens não querem a Verdade da
Palavra de Deus na criação, na consciência, e no Evangelho, mas o que querem é
que alguém lhes engane. A mentira é o que querem. Há no coração dos homens o
pecado, que é como uma voz que lhes ilude, e lhes diz que jamais terão
consequências desastrosas por desobedecerem a Deus. Esta ilusão do pecado faz
com que tenham apreço pelo engano de fora e eles se entregam a todas as
mentiras espirituais que lhe são contadas. Conte uma mentira a respeito de
questões espirituais e muitos lhe ouvirão. Agora fale a Verdade do Evangelho e
ninguém lhe ouvirá a não ser que Deus lhes dê a graça libertadora. Cristo
mostrou que o homem natural ama o que o diabo ama, ou seja, a mentira. Que
terrível!
4 – O homem quer o pecado.
“O julgamento é este: que a luz
veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas
obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se
chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras.” Jo
3:19,20.
A escravidão está essencialmente na
verdade de que o homem natural quer o pecado e só o pecado. O pecado para ele é
um tesouro indispensável, e sente e crê que nada seria mais doloroso que ter de
livrar-se de seu pecado. Por isso é que se afastam da Luz da Palavra, por isso
desprezam o conhecimento de Deus, e por isso dão tanto valor a mentira. Você
percebe? A loucura de tudo isso está no fato do pecado ser o mal dos males, é a
fonte de todo o mal. Como é possível a coisa mais imunda do Universo ser tão
amada? No entanto a explicação está em que o pecado por ser mal é a fonte de
toda a mentira o que faz os homens o verem como um grande bem. Assim os homens
vão amando e desejando o pecado até que finalmente perecem. Eis aí a terrível
prisão da vontade.
5 – Conclusão:
Amigo leitor, devo lhe dizer com
toda a clareza que, se ainda não creu no Evangelho, eu estive descrevendo
exatamente a você nestas linhas. Sei que isso pode lhe parecer extremante
assustador e por isso muito ofensivo. Mas esta é a realidade que a Bíblia lhe
mostra. Peço que ore a Deus e leia novamente este capítulo pensando em sua
própria vida. Pergunte a luz destas verdades: Você conhece a Deus conforme a
criação, a consciência, e a Bíblia revelam?
Você deseja conhecer este Deus? Você ama a Deus conforme revelado? Você
ama a Verdade de Deus em Cristo ou a mentira? Você ama a Deus ou ao pecado? Você está preso por uma vontade pecaminosa que
odeia a Vontade Divina ou quer a santidade de Deus? Você tem prazer em Deus ou
no pecado? Você obedece a Deus com gosto ou com desprazer? Você quando peca o
faz com profundo contentamento ou o pecado lhe é sua maior tristeza? Sua
vontade aprova a Vontade de Deus ou o pecado? Você é escravo ou livre?
Pode ser copiado, distribuído, e traduzido livremente para outro idioma, desde que indicada a fonte, a autoria, e o conteúdo não seja modificado.
*Estudo ministrado no culto de estudo bíblico e oração. Quarta-feira, 25 de Março de 2015, na Congregação Batista Reformada em Belém.
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Comentários
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Caros amigos, como o propósito do blog é mostrar o que a Bíblia ensina para a nossa edificação espiritual, e não fomentar polêmicas, que tendem a ofensas e discussões infrutíferas, não publicarei comentários deste teor, tão pouco comentários com linguagem desrespeitosa. Grato pela compreensão.